Ao longo do último ano acompanhei, pontualmente, todo o caso Lava Jato.
Sempre o vi, como vejo a vida, com o humor do distanciamento que me permite fazer análises assertivas acerca de tudo o que se vinha desvelando.

O dia que passou foi o culminar de um processo que há de seguir, com causas e consequências inesperadas. Elas não são necessariamente boas ou más mas antes certas e erradas, onde a correcção se deve impor.

A linha sucessória que a detenção para inquirição coersiva de um ex-Presidente no Império que é o Brasil tem uma envolvente muito maior e impactante do que o que foi a detenção de José Sócrates em Portugal.
A sua comparação pode existir, sendo esse o hino infractor das amizades transatlânticas que unem Países irmãos, mas o relevo para a economia Mundial do maior País da América Latina, de ver o seu mais popular Presidente ser levado detido, um fenómeno humilhante incontestável.

LULA LINHA.jpg

Tudo parece ter sido orquestrado sob medida, sendo que a oposição também surge dessa cisão nuclear, tão Brasileira, entre as denominadas “azélites“.
Lula sabia-o, como bom mitómano que sempre se considerou acima da Lei, do bem ou do mal, até ao momento em que o conluio (a)partidário se sobrepõe e a justiça impera.
A Petrobras havia sido feita PetroKill. A Pátria não se identificava com a desembargada Voz que ecoava com tiques de Vossa Senhoria.

O Político que pensa que é intocável não é. E isso ficou, verdadeiramente, presente com a sua detenção.

Mas como já o disse, não é por não o ser que a Justiça que o julga não deva ser imparcial no tratamento que lhe dá também.
Se o Brasil se quer manter na sua correcta linha sucessória, edificando a Democracia da Ordem e Progresso que a bandeira ostenta como lema, deve saber também mostrar que o seu Et tu, Lula? não é esse Et tu, Brasil?, nem muito menos um Et tu, Sérgio Moro?.

Agora resta assistir ao derradeiro acto de uma PTização em declínio moral.
Merece Dilma o impeachment? Eu sigo dizendo que não. A sua destituição deve ser, ou por iniciativa própria, ou porque a justiça a ele chegou. Não porque o Povo precisou justificar a angustia que os seus malfeitos lhes causaram.

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