Et tu, Paulo Roberto Costa?
Et tu, Alberto Youssef?
Et tu, Julio Camargo?
Et tu, Augusto Mendonça Neto?
Et tu, Pedro Barusco?
Et tu, Gerson Almada?
Et tu, Fernando Soares?
Et tu, Milton Pascowitch?
Et tu, Julio Faerman?
Et tu, Nelma Kodama?
Et tu, Ricardo Pessoa?
Et tu, Nestor Cerveró?
Et tu, Lucas Pace Junior?
Et tu, Shinko Nakandakari?
Et tu, Dalton Avancini?
Et tu, Eduardo Hermelino Leite?
Et tu, Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva?
Et tu, Delcídio do Amaral?
Luíz Inácio Lula da Silva foi detido hoje pela manhã, dia 4 de Março de 2016, para ser ouvido coersivamente na operação Lava Jato.
As manchetes matinais desta sexta-feira deixavam antever este desfecho político que se vinha a arrastar faz tempo, sobretudo desde que a suspeita acerca da posse do apartamento triplex no Guarujá e um sítio em Atibaia, eram negadas pela Família Lula enquanto as delações indicavam o contrário.
São justo as delações, premiadas, que têm feito o avanço politico, social, justiceiro, justicialista, necessário, polémico, certo, errado, correcto, a que o Brasil assiste.
O Juiz Sérgio Moro, responsável por comandar o julgamento dos crimes identificados na operação Lava Jato, tem tido essa conotação que Brutus teve face a César.
É ele quem tem feito desferir os golpes certeiros que todos têm acertado na Democracia Brasileira que se renova a cada etapa da inquirição e apuração dos factos a que o Brasil assiste.
Ele consegue ser o bom e mau de uma narrativa, a meu ver, dúbia.
Se consigo compreender, mesmo, a necessidade do Partido dos Trabalhadores ser sanado pela forma como a Esquerda se apropriou do poder e fez dele reféns as classes mais baixas, parcas de ensino e necessitadas na alimentação que compra votos, por outro lado não consigo prescindir da noção lógica que a Democracia dos princípios Humanos tem. Lula é um só Homem, não pode ser apenas ele o cabecilha de um grande plano que exponencialmente cresceu e perdeu o controlo.
É que se assim for, a responsabilidade é mera culpa e assistimos a uma vendeta e não a um julgamento com regras e Lei.
Nesse momento, seguindo a lógica de um prémio que se recebe por estar a ser o delator de algo, o Brutus torna-se todo um Povo e a questão a colocar é: Et tu, Brasil?
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