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Desde que comecei a minha vida adulta – pelo menos como independente; que tive uma necessidade clássica, oitocentista dizem-me, de escrever cartas à Família. Por tal, e como o correio nos dias de hoje já não é analógico do papel, faço-o em formato digital viral.

O que começou por ser uma missiva semanal, com algumas respostas esporádicas, passou, com esse surgir das redes sociais, a uma crónica quasi diária sobre o que a vida nos traz e aquilo que eu, enquanto Ser Social, de uma Sociedade Livre e Democrática – enquanto representante da geração dos anos 1980 – vejo, assisto, sinto e participo.

Como com o passar dos anos as certezas absolutas foram-se diluindo numa permissividade mais assertiva, no garante dessa responsabilidade que temos entre todos, cresci e cresço, formalizando crónicas que me parecem, não somente certas e erradas, mas correctas perante o que vejo ocorrer.

Acredito que no passado Histórico muitas vezes está a solução para que no futuro, mas sobretudo presente, não se cometam os erros que previamente ocorreram. Cito-o – o passado; de forma objectiva, muitas vezes com a graça que a distância, e esse assentar dos factos estabelecidos, permite.

Mas a análise crítica não pode fugir à sátira Humana que vive em nós.

A seriedade destrói o espírito que nos habita e mata o diálogo. Por tal ilustro as minhas crónicas, sempre com uma imagem provocatória da minha autoria para nos fazer, também, pensar. São expressões livres, livres de direitos e cópias, pois elas são-no também, cópias de algo que outros antes, como eu, decidiram criar para que fossem partilhadas, vistas, copiadas e de inspiração servissem.

Agora dou um passo em frente e faço de uma farpa farpas. Se os convidados eram esporádicos ou apenas como referência em resposta ao leitor, agora faço da farpa uma casa onde a Democracia é instituição. Convites feitos, novas caras e crónicas aguçadas em presença semanal.