Títulos de Cabecera

(sigam os links a azul para compreender todo o enredo)

Como é evidente este texto tem génese estilista no filme homónimo de Pedro Almodóvar, fazendo um espelho desse ‘Cine como Espejo’, mas por aí nos ficamos. Se na sétima arte a ideia nunca reconhecida era a de uma auto-biografia do autor, perdido nesse espelhar, aqui faço o reflexo cultural de uma agregação dessa sublime realidade política Portuguesa que hoje vivemos, num enlace tão interessante como o trio tão profundamente Ateu-Agnóstico-Cristão como toda a cultura Socialista-Conservadora-Liberal-Capitalista Portuguesa o é nesta Democracia que se força a reinventar.

Enrique e Ignácio podem ser António Costa e José Sócrates, um consagrado político e outro em formação.
O enredo pode até passar-se acerca do que outro alguém, transmutado num travestismo qualquer, se acerque para perturbar esse jugo amoroso que formava entre líderes.
Tudo pode…

Quizás, Quizás, Quizás

O delírio que por aqui arraiais assenta repercute a febre alta que nos torna complacentes de um crime.
Não que a negação não faça parte do Ser, nem que isso o torne mais Humano na dor da superação, mas a vida existe ‘para além do défice’, apenas há que buscar essa chave que, numa encruzilhada, algures entre achar que este Governo foi eleito pela maioria de um Povo que não sufragou um qualquer programa eleitoral feito eleitoreiro, sabe bem a diferença entre quem pediu o resgate de 2011 e quem o colocou em marcha.

“Além da Troika” gritam os ecos de um além! Quem sabe, quem sabe, quem sabe…
Quem sabe? Sócrates soube. Viu e anteviu a chace apanhada no flanco de uma visita Natalícia.
As amizades revelam muito de quem somos. E as recém ungidas amizades que o acólito Costa exibe face a quem mais ordena têm a mácula dilatória de um crime por imposição.
A má educação é fazer sempre da promessa o dom dessa retórica desestruturante.

Se no filme há Manolo como padre pedófilo da ficção, na vida real temos diversos padres Berenguer’es, todos interpretando esse papel de uma vilania oportuna de justificação.

Quizas.jpg

Moon River

A oposição resiliente, numa norma feita capicua intervencionista, existe desde que o 44 foi feito 33.
Esse rio do luar, tal qual a faustosa loira que todos os cavalheiros sempre preferem, revela que por trás de uma boa história de amor se esconde a realidade prostituída.
Foi Marcelo Militarista da Direita para um PREC Esquerdista.
Foi Schaüble intransigente da guarda Nacionalista Alemã.
É sempre PSD e CDS todos os dias.

A retórica desembestada de uma situação perdida numa cativação orçamental para se dizer diferente quando é igual.
De progressivo a regressivo. Sem voto mas maioritário. Os impostos que definem, num plágio consagrado, a Tortura em Democracia.
Haja, então, o Dom Profano!

Escena Familiar

Tudo aqui é familiar, nada de Cine Noire, princípio alternos de palpitação ou indícios de crime.
Os muros de outrora caíram para produzir os laços que agora se forjam. Potenciam-se novos muros, rumos, pedidos de princípios. Negações.
Há de novo e só apenas António e José. Cria e criador. Amado e renegado. O fim para um princípio.
A visita realizada nesse último dia de 2014, última visita de José nesse ano enquanto auto intitulado preso político da Democracia Portuguesa, lançam as farpas para o compungido acto de auto-comiseração analítico sobre o que hoje se passa.

Almodóvar mata o seu reflexo na negação biográfica. Ocorrerá o mesmo em virtude de efeito sucessivo pela traição política.
Ou esses momentos entre Costa e Sócrates são o juízo suicida fatal de quem antes tudo jogou para nos trazer um resgate?
É morto para não ser matado, ou deixar-se matar para não morrer.

Fin

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