A confiança generalizada transforma-se cada vez mais num princípio justicialista com fiança.
A lógica Democrática não existe, per se, e nesse facto a corruptela da ideia apenas sobranceia que vivemos – e mal – naquilo que é uma República.

Aos incautos define-se República como Res Pública, coisa pública, algo que a todos pertence e a ninguém em especial deve favorecer mais que a outro.

Face a isto, parece de uma injustiça tremenda que haja quem, lá fora, nos dite qual rumo um País Independente e Soberano deva tomar com um Governo democraticamente eleito e mandatado pelo seu Povo.
Quem é Wolfgang Schäuble dentro de uma União política e estratégica de interesses à qual Portugal pertence há 30 anos?
Quem é o Ministro das Finanças Alemão, o “Tesoureiro da Europa” para se intrometer num país periférico que saído do seu 3ª pedido de assistência financeira num espaço de 33 anos?
Quem é este Alemão que, tendo a mais forte economia Europeia, questiona as opções político-ideológicas do XXI Governo Português que rompem com todo o percurso estrutural em curso?

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Schäuble não passa de um desses incautos que apenas busca o melhor para uma União Europeia mais una e em sintonia. A própria união desunifica-se, o populismo ganha terreno e o racismo xenófobo têm sido uma vertente até tolerável face a esta diferença que se procura ter.
Que lhe importa que as previsões do Ministro das Finanças Mário Centeno se vejam contraditas pelo Primeiro Ministro António Costa quando apontam para um rumo mais negativo?
Que interesse tem que todos os organismo Nacionais e Estrangeiros, competentes para analisar as contas públicas portuguesas, digam todos que o crescimento português é falacioso e que o plano macroeconómico se baseia numa premissa errada?

Nada afinal interessa, porque aquilo que Schäuble afinal disse é até verdade e de extremo bom senso como um aviso premonitório sobre o rumo político-ideológico que o Governo de Costa decidiu tomar.

“Portugal estaria a cometer um erro enorme, se não cumprirem com os compromissos que assumiram. Portugal teria então de pedir um novo resgate. Os portugueses não querem um novo programa e eles também não precisam se cumprirem com as regras europeias”

Só que a verdade lancinante que desmente Schäuble é tão simples como a confiança que democraticamente elegeu António Costa para Primeiro Ministro.
Ela é a sua fiança política, aprisionando numa articulação duvidosa sobre os compromissos que Portugal assumiu cumprir.
Afinal a maioria minoritária que se representa no plenário da Assembleia é confiante ou com fiança na União Europeia?
É que se não, mais vale assumir o 4º resgate desde já.

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