Deixo sempre para o final do dia, já transcorridas as celebrações, o momento de escrever o texto que descreve este que foi um dia o Dia da Raça.
Não serei apologético sobre o tema, já que sobre isso antes escrevi, nomeadamente quando recebi a resposta pelo meu texto do ano passado sobre o dia de hoje, mas como parece, citando o meu texto de 2015 Deus ex machina: Portugal é, de facto, único.
Este ano, por acaso dos acasos o Dia de Portugal, aparentemente, foi no Brasil.
Dito isto, uma expectativa de esperas já que eu, aparentemente, sou Brasileiro.
Esperava estar aqui a falar, com certo orgulho familiar, em como ver o espólio do meu bisavô Marcello no Rio de Janeiro sendo mantido no Real Gabinete Português de Leitura da capital carioca – facto improvável que o actual Presidente Português logrou – honra a sua memória e deixa uma certa Esquerda bafienta perdida na ilusão de vitória.
Esperava o desencontro Presidencial marcado e remarcado para vir a ser adiado, nessa certa alusão musical a Cazuza, numa sonoridade de ‘Brasil, mostra a tua cara / Quero ver quem paga pra gente ficar assim’.
Esperava esse reflexo, essa colónia feita Reino, tendo um dia se tornado independente, ser o suflê da ambição desmedida daquilo que por aqui se passa.
Mas na verdade preferi não esperar, porque de facto Portugal é único.
Faz tempo escrevi um texto, latim enferrujado numa tradução automática via Google, panis et butyrum; pão com manteiga.
A sua alusão serve o propósito daquilo que eu esperava escrever e que no final, aparentemente, não escrevi porque, ao contrário de um panem et circenses Romano, onde o circo das feras se faz ardil de entretenimento, agora o circo somos nós e as feras essa ilusão que abre telejornais.
Dia de Portugal? Aparentemente o Dia de Ronaldo ser Pai. E gémeos, um rapaz e uma rapariga.
Aparentemente…
Jogamos Camões e com os pés…