Tenho tantos temas sobre os quais quero escrever, nomeadamente acerca da política Portuguesa, o “Caixotinho” em que a CGD se transforma, mas quando a política da sociedade Ocidental vigente se impacta com temas Humanos com o Trump’ismo acessório sobre o “grab the pussy”, defendido como uma conversa de balneário, fazendo com que isso desculpe o carácter pessoal de quem o diga, parece-me que outros valores se levantam para um texto adicional.

O slogan “Make America Great Again” – tornar a America grande outra vez – é em si mesmo uma falácia.
Os Estados Unidos da América, o país, como superpotência Democrática que são, é grandioso. Nada precisa ser feito de força substancial para que seja ‘great again’.
Se me disserem que politicamente será necessário algo substantivo para que essa grandeza regresse, até acredito, mas a gradeza Norte Americana, do famoso “American Dream”vendido até à exaustão em relatos semi-verídicos sobre o sucesso trilhado ao longo dos últimos séculos pelos emigrantes que formam a génese da história Estado Unidense – é algo palpável onde a divisão unilateral que agora o candidato Republicano Donald J. Trump traz, não se fazia sentir tão pronunciavelmente desde que a Guerra da Secessão terminara ou a Lei dos Direitos Civis fora firmada a 2 de julho de 1964.

Só que lá está, não é porque uma guerra termina ou uma lei é proclamada que o preconceito se desenraíza da alma do Ser.

No mesmo ano em que a segregação racial terminava nos Estados Unidos, na Colombia surgiam as FARC, guerrilheiros terroristas que agora, ao fim de 52 anos, o povo rejeita como partido político numa tentativa de reconciliação de Paz.
Se a lógica é compreendida pela vontade primária inerente ao Ser Humano, a razão não defende o seguimento de uma guerra onde os únicos que perdem são os mortos de ambos os lados.
E enquanto o merecido prémio Nobel da Paz dado a Juan Manuel Santos justifica que esse processo siga um curso natural em que as diferentes frentes de batalha se encontrem para sanar as suas divergências Humanitárias, já quando o assunto toca a premiar, ainda que num artifício político, líderes de carisma dúbio, como o fez Nicolas Maduro a Vladimir Putin, se vê a importância de se analisar o carácter e vida públicas daqueles que se propõem a reger os destinos da nossa Humanidade.

Quando em Abril passado escrevi a parabola sobre o estado pudico que rodeia a hipocrisia Norte Americana em torno do que chamei as “Trump Tapes”, mal sabia que haveria mesmo uma gravação de Trump em que se escancara aquilo que naquele momento escrevi não sobre ele, mas sobre o contingente emocional/racional de um país fechado sobre si mesmo.

PUSSY.jpg

A questão de se usar uma palavra/expressão menos própria num contexto de presumível privacidade não diminui menos aquilo que o candidato é, foi ou será. Nem o vir pedir desculpas acerca do feito o absolve de um comportamento praticado ao longo de décadas de vida. Pior, ou mesmo triste, é o deplorável de assistir pessoas com algum gabarito público, respeitáveis em alguns casos, fazerem a sua defesa numa questão absolutamente indefensável.

Não reprimo Trump pelo que disse, pelo contrário, sou profundamente Democrático no que toca a esse ponto, simplesmente não acredito na tese absoluta do menor denominador comum, sendo que a relativização seguida de tudo o que o candidato Republicano faz e diz é uma sumula daquilo que as pessoas querem ou dizer preferir.
A letargia mental na espera do processado é o garante para uma desgraça iminente. E Trump está ali apto e pronto para a oferecer, “grabbing the pussy” alheia, pois ele pode, é uma star em causa própria, a quem tudo lhe é devido e a ninguém nada deve.

É Hillary melhor?
No que toca a carácter político exerço o direito de veto, pois sei que não. Mas como Ser Humano, sim, sem dúvida. Mais que não seja, é uma mulher que nunca se deixou agarrar pela PUSSY!

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