(versão em português no fim)
Back in 1995, while O.J Simpson’s trial was under an intense media frenzy, some very inappropriate audiotapes became the focal point of attention and distraction.
The lead detective present during the nigh the murdered bodies of Nicole Brown and Ronald Goldman were discovered, Mark Fuhrman, who under oath had testified he never used any offensive racist epithet toward African-Americans, was caught lying. Not only was he showed exposing the corrupt system inside the LA Police Department, but he used many racist slurs including forty-one uses of the word “nigger”.
The Public uproar was immediate due to the “race-card” O.J.’s Legal Team was using in his trial, but the main issues present in the tapes – discussing an organized group of male LAPD officers known as MAW, or Men Against Women, who reportedly engaged in sexual harassment, intimidation, discrimination and criminal activity against female LAPD police officers, often endangering the female officers’ lives – was almost forgotten.
Some say that it was Fuhrman’s deposition, evoking the Fifth Amendment Right on all answers that lead to O.J. being acquitted of all charges.
At one point of the trial, in the high of the absurd of it all, Fred, father of the murdered Ron Goldman, reminded in anger to the general public “This is not the Fuhrman trial… This is a trial about the man who murdered my son.”, but wasn’t it?
Wasn’t America facing itself listening to Fuhrman’s audio tapes? Wasn’t the racial slurs, the sexual harassment, intimidation, discrimination against women, in general, something that still remained in late XX century America? Isn’t it still going now?
If we remove the name Fuhrman for the name Trump, remaining all of the above accusations, it’s still something that defines some part of the American Population.
And the most astonishing thing is, if back in 1995 it was condemned by all, why is it today applauded by a majority of people who wants to elect a President that uses racial slurs when mentioning Latinos, harasses journalists in live television, intimidates people out in public and discriminates against women in general?
Well, said that it seems that America hasn’t came a long way since Martin Luther King’s 1963 speech “I Have a Dream” during the March on Washington for Jobs and Freedom.
America, as it seems, is no longer free from it’s own stupidity.
Nos idos de 1995, quando o julgamento de O.J. Simpson se via envolvido num frenesim mediático, umas cassetes de áudio tornaram-se o foco de toda a atenção e distracção.
Mark Fuhrman, o detective principal presente na noite em que os corpos assassinados de Nicole Brown e Ron Goldman foram encontrados, e que sob juramento havia testemunhado nunca ter utilizado o epiteto racial contra Afro Americanos, foi apanhado a mentir. Não só se escutava o detective a denunciar o sistema corrupto da Polícia de Los Angeles, como o mesmo era ouvido a dizer por quarenta e uma vezes o termo “nigger”.
O tumulto Público foi imediato devido à “cartada racial” que a Defesa de O.J. Simpson usou no julgamento, ainda que a maior parte dos assuntos presentes nas gravações – falando num grupo organizado de oficiais masculinos da polícia de Los Angeles, conhecidos como MAW ou homens contra as mulheres, supostamente envolvidos em assédio sexual, intimidação, discriminação e actividade criminal contra agentes femininas da polícia, muitas vezes colocando em risco a vida dos oficiais do sexo feminino – fosse ignorado.
Alguns dizem que foi o depoimento de Fuhrman, evocando o Direito à Quinta Emenda em todas as respostas que levou à absolvição de O.J. Simpson.
A determinado momento do julgamento, no absurdo total de tudo, Fred, o pai de Ron Goldman, lembrava com raiva ao Público que “Este não é o julgamento do Fuhrman… Este é o julgamento sobre quem matou o meu filho.”, mas era?
Não estaria a América enfrentando-se ao escutar as gravações de Fuhrman? Não eram os insultos raciais, o assédio sexual, a intimidação, e a discriminação contra as mulheres, em geral, algo que permanecia na América do fim do século XX? Não permanece ainda hoje?
Se trocarmos o nome Fuhrman pelo nome Trump, mantendo todas as acusações acima referidas, podemos dizer que ainda se define uma parte da População Americana.
E o mais impressionante é, se em 1995 foi algo condenado por todos, hoje é aplaudido por uma maioria que quer eleger um Presidente que usa insultos raciais ao se referir aos Latinos, assedia jornalistas ao vivo na televisão, intimida pessoas em público e descrimina as mulheres em geral?
Bem, dito isto parece que a América não evoluiu assim tanto desde que em 1963 Martin Luther King discursou o seu famoso “Eu Tenho um Sonho” durante a Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade.
A América, pelo que parece, não está mais livre da sua própria estupidez.
4 Comments