A Agenda Tácita é algo que nos envolve a todos. Um movimento que agrupa a Sociedade contemporânea, extemporânea do seu conhecimento ou capacidade de juízo moral, mas que eleva a evolução cronológica num intercalar causa/efeito sem razão ou lógica propícios de certo ou errado como se de uma história sem enredo estivéssemos a falar.

Algo tácito é algo que, pela sua natureza, está implícito, que está subentendido e, por isso, não precisa ser dito; que não se pode traduzir por palavras. Por outro lado uma Agenda, neste caso a Agenda que pauta o nosso dia a dia, é o evoluir espácio-temporal de eventos que pensamos controlar mas, pela razão supra mencionada, nos é entregue com uma razão implícita.

O mundo contemporâneo transformou-se de genuíno e táctil para ser tácito e apócrifo até que se lhe confirme a autoria.
Propagam-se mensagens com a rapidez instantânea da luz, mas criando-se mais sombras numa caverna platônica onde reina mais medo do que o esclarecimento.
Busca-se até que a caverna se feche, fronteiras se ergam, muros se construam. Golpes sejam dados em nome de inimigos reconhecidos para granjear a popularidade em queda.
Em época digital, faz-se do táctil social distância tácita emocional.

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A imagem da carrinha de transporte de carga que se havia tornado no simbolo do tráfico Humano em Agosto do ano passado transforma-se agora na arma de arremesso contra inocentes celebrando a Independência Francesa na conquista da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Nice transforma-se na promenade dos horrores.
A privação extremista que a oposição Nacionalista promete tinge o ar na promessa facilitista de resolver o impeto terrorista que vive dentro de cada um e não na formação directa que a implicação estrita tem no individuo ou comunidade. O medo na propagação errada da mensagem é até preferido como acto para consolidação do voto segregador de uma Europa em profunda crise monetária.

É de todo preferível jogar a cartada monetária em razão ideológica, invocando a xenofobia religiosa, justo quando o verdadeiro tampão europeu sofre a orquestração de um Golpe Militar. O plano táctico, viralizado num país que suprime o acesso à internet, é de um descaramento absurdo em pleno pano de crise Humanitária.
A Turquia de Erdoğan não é a Constantinopla do Concílio de Niceia. Ali não se busca uma solução pragmática que una os dois Impérios enfrentando-se neste choque de Eras.
Pelo contrário. A politização omissa de visão busca apenas a manutenção oportunista no poder de um líder que afeiçoará as massas até as mesmas o traírem e condenarem.
A sua lição é aplicada ali ou em qualquer outro país em que o candidato ao cargo supremo apenas existe para se favorecer na obtenção da sua agenda tácita.

O resto são ataques à dignidade Humana que apenas servem o propósito de passar o quotidiano a renovar imagens de condescendência e pena para com as vítimas.

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