Dizem que Marcelo falou, outra vez, mas desta vez revestido de uma importância maior.
Será que teve? Foi mais relevante? Foi a celebração de um ano como ‘Commander and Chief’ da Nação Lusitana onde a designação lhe assenta que nem uma luva talhada à medida de uma mão que se manipula para manipular?
A 8 de Março do ano passado escrevia a celebração relativa desse facto, comentando o plano astuto comentarista feito Exmo Presidente da República Portuguesa: sabonetes lux, caldos de galinha e recomendações objectivamente latas para entreter o “Povo que assim o quis!”
No espaço desse ano que, quase, passou, em nada me enganei, sendo que nesse primeiro texto do já Presidenciável, se viu o seu inimigo público #1 a ser abatido: Paulo Portas.
Graça das graças, não é porque ambos começaram a vida pública como jornalistas – facto que inadvertidamente relatei sobre Marcelo quando entrevistei Fátima Cotta na extinta Le Cool Lisboa (ver aqui) -, mas parece que, saído da vida política e livre das ataduras que agora prendem o Sr. Meia Desfeita, Portas irá regressar à televisão como comentador político.
A verdadeira inversão.
Mas como todas as aparições de Marcelo, Presidente, se revestem de uma importância acima de importante, há afectos que o vento leva.
Cito o que escrevi mais recentemente a 8 de Maio de 2016, referindo a Falácia das Virgens Ofendidas patente no hemiciclo.
“Na moção que levou ao 35º congresso do PSD em 2014 dizia não querer um candidato Presidencial “cata-vento de opiniões”.
Se a frase, lacónica no seu sentido objectivo, não seria para o óbvio e eterno candidato Marcelo, não se veria a quem mais poderia estar indicada. Factos históricos são históricos e a verdade é que Marcelo é Presidente. É o mais popular Presidente que a Democracia contemporânea teve e também o mais feérico, inquieto, impulsivo, constante na inconstância e presente nas vidas de todos que há memória.
Não é um cata-vento de opiniões, é um verdadeiro vendaval de opiniões, ideias, comentários, discursos, idas e vindas… Uma agenda cheia e partilhada com todos e todas.
Um português para as portuguesas e portugueses.
Tudo aquilo que Passos Coelho profetizou.”
Mas nem só de profecias se vive, e como parece que o Presidente agora se aninha com o PS da vã glória do desnecessário voto da Direita (Pedro Nuno Santos dix it), cada vez mais acredito na minha própria truculenta teoria onde a conspiração não existe mas a imaginação anda solta e a Troika faz o seu retorno!
Parece que um Governo “em segredo guarda a maior carta de combate: sabe que o comentador, enquanto consultor jurídico, é citado numa transferência monetária via offshore. Em público manieta um Presidente a seu bel-prazer.”
É Marcelo, onanismo… perdão, unanimismo!