Gosto de uma boa teoria da conspiração, da coincidência premeditada que se encontra após o incidente ocorrido e que nunca nada nem ninguém havia notado senão após os factos provados se fazerem prova de crime e papel passado em registo notarial.
Não que a verdade não seja ela perecível de alteração que a observação prefaça neste mundo dos multi-olhares multi-atentos, mas por vezes há uma expressa vontade em lavar a jacto qualquer raciocínio de lógica capaz e deixar o rumor murmurar e fazer da estória história.

Menciono lavar a jacto porque o tema é mesmo a operação Lava Jato.
Justo no dia em que Obama terminava o seu mandato, Trump inciando um Concerto de artistas negados, nessa tarde carioca, a avioneta bimotor turboélice, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, prefixo PR-SOM caía na região do litoral de Paraty, no estado do Rio de Janeiro vitimando Teori Albino Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal Brasileiro, redactor da Lava Jato.
Vontade há de se dizer que, pelo facto da Lava Jato – tema que abordei de forma consistente nos últimos dois anos (ver aqui) – estar a entrar em período final de acusações, tudo ganha essa patine de conspiração.

Vamos por ora esquecer o detalhe de que na mesma avioneta seguiam o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono dos hotéis Emiliano, o piloto Osmar Rodrigues e mais duas mulheres, Maíra Lidiane Panas Helatczuk e Maria Hilda Panas, também vítimas, revelando que não se tratou mais do um acidente, e vamos nos concentrar nesta sucessória linha de conspirações políticas que atentam contra a regular Democratização política Brasileira.

1. A 22 de Junho de 2016 o empresário que comprou avião de Eduardo Campos é encontrado morto;

2. Em 20 de Outubro de 2008 Arthur Antônio Sendas, do Vice Presidente do Conselho da Petrobrás, é assassinado;

3. Roger Agnelli, CEO da mineradora Vale, morre numa queda de avião, a 19 de Março de 2016, após escrever a carta-denúncia sobre a corrupção na Empresa Vale S.A. (Companhia Vale do Rio Doce – CVRD) endereçada à Presidente Dilma Rousseff (governo tentou substituí-lo desde 2011). A caixa preta do avião com dados do voo não é encontrada;

4. A 13 de Agosto de 2014 Eduardo Campos morre na queda do Cessna Citation 560XLS+, prefixo PR-AFA. Caixa preta não é encontrada;

5. Executivos da Seguradora Bradesco, um dos principais acionistas da Vale S.A., morrem a 10 de Novembro de 2015 quando o Cessna Citation 7 cai numa propriedade rural em Minas Gerais. A caixa preta é encontrada danificada, ilegível;

6. Sebastião do Rego Barros Netto, ex-Diretor da Agência Nacional de Petróleo, morre a 9 de Novembro de 2015 ao cair do 11º andar do seu apartamento no Edifício Prelúdio em Copacabana. O suicídio foi descartado;

7. Antônio da Costa Santos, vulgo Toninho do PT, Prefeito de Campinas, é assassinado a tiros às 22:15 do dia 10 de Setembro de 2001;

8. Celso Augusto Daniel, Prefeito de Santo André, São Paulo, foi sequestrado, torturado e morto. Sete testemunhas do caso são mortas antes de depor;

9. Agora, Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF, morre numa queda de avião

cockpit.jpg

Pergunta-se agora, quem será o 10º? É que as mega operações Sépsis, Greenfield e Cui Bono apontam para um desvio de dinheiros públicos vindos do FGTS e de fundos de pensão nas esferas Federal, Estaduais e Municipais, estimando cerca de um trilhão de Reais.

Face a isto, conspirações para quê? Brasil nem lavado a jato…

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