Desde 16 de Setembro que nada escrevo sobre o Brasil e a sua situação política.

É um longo hiato temporal para o país onde registo nacionalidade e encontro ecos de vida. Mas que vida?
O Brasil, ermo onde a Democracia cresce e se agiganta, padece de um mal que parece transitar numa bruma mundial.

Vida, minha vida, olha o que é que eu fiz. Deixei a fatia mais doce da vida na mesa dos homens de vida vazia.
Mas, vida, ali quem sabe, eu fui feliz…

Em 37 dias a alternância não se fez alternativa e a corrupção fez-se mais corrupta. A justiça ganhou laivos justicialistas e a latino americanização por contágio fez-se pauta de um mundo onde a herança militar era uma norma.
O torpor que Estatização deixou levam a crer que a alternativa é nefasta num país onde a diferença foi, outra vez, feita ver como racismo, xenofobia e ascensão social. A calamidade financeira assola o terreno, a terra parece queimada.

Vida, minha vida, olha o que é que eu fiz. Verti minha vida, nos cantos, na pia, na casa dos homens de vida vadia.
Mas, vida, ali quem sabe, eu fui feliz…

E de que forma não poderia assim ser? Quando o ónus de uma prova se reverte no acusador e não no acusado, quando esse se vê alvo processual de crime por se altercar face à República de Juízes que o povo tanto pede.

Big Brother Brasil.jpg

Prendam todos os corruptos, corruptores e aqueles que, nesse povo, se fazem virgens mártires de nunca pecarem.

Sejam garotinhos, meninos, homens ou heranças de Cabral, que sejam presos, encarcerados, levados e se lave a Nação feita atração desse pecado de corrupção.

Luz, quero luz, sei que além das cortinas  são palcos azuis e infinitas cortinas com palcos atrás.
Arranca, vida, estufa, veia e pulsa, pulsa, pulsa, pulsa, pulsa mais, mais, quero mais.

Nem que todos os barcos recolham ao cais. Que os faróis da costeira me lancem sinais.
Arranca, vida, estufa, vela me leva, leva longe, longe, leva mais…

E quando nada mais sobrar, quem lá estará? Que aí se volte a quebrar o silêncio, não o meu, o do Povo que vota e, dizem, sabe votar, escolhendo essa alternância que se condiciona e faz do meu silêncio momentâneo vida…

Vida, minha vida, olha o que é que eu fiz.
Toquei na ferida, nos nervos, nos fios, nos olhos dos homens, de olhos sombrios.


Mas, vida, ali eu sei que fui feliz…

3 Comments

  1. SÓ PARA LEMBRAR, O GEDDEL ERA UM DAQUELES “ANÕES DO ORÇAMENTO”, LEMBRA?

    O carnaval dos animais, por Eugênio Aragão
    > https://gustavohorta.wordpress.com/2016/11/22/o-carnaval-dos-animais-por-eugenio-aragao/

    “De um país a caminho da civilização inclusiva estamos nos transformando lentamente numa tribo de homens que puxam as mulheres pelos cabelos para dentro da caverna. Só não vê quem não quer. …”

    QUE PENA, SOMENTE PARA POBRES, PRETOS E PETISTAS!
    > https://gustavohorta.wordpress.com/2016/11/22/que-pena-somente-para-pobres-pretos-e-petistas/

    “QUE PENA, SOMENTE PARA POBRES, PRETOS E PETISTAS …. E PUTAS! …”

    Gostar

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