As preocupações expressas a 4 de Março passado por Luiz Inácio Lula da Silva quando conversava com Dilma Rousseff, nessa comprometedora conversa divulgada indevidamente, revelando “(…) sinceramente, tô assustado com a República de Curitiba. Porque a partir de um juiz de primeira instância, tudo pode acontecer nesse país” fundamentam a tese que se desenha agora em Brasilia.

Se em resposta ao que Lula também atentava como acovardada, designando assim a Suprema Corte que decidia os procedimentos da Lava Jato e impeachment, entrelaçados no conteúdo e separados no contexto, Dilma viu-se de facto afasta da governação enquanto ele perdeu o seu foro especial por prerrogativa de função.
Se ela mantém a corte plena de privilégios sem poder governar, Lula está completamente exposto à justiça que o vai julgar.

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Mas se, e como Dilma a Presidente afastada diz – e porventura com a lógica jurídica da razão“Posso ter cometido erros, mas não cometi crimes.”, a verdadeira razão para o seu afastamento se desenhe na necessidade de chegar às mais altas cúpulas do poder político brasileiro.

A justificação para tal suspeita – sobretudo quando antescomo Fernando Henrique Cardoso, defendi o não ao impeachment – advém dessa descarada tratativa que Dilma fez ao empossar Lula como seu Ministro da Casa Civil.
Se a sua renuncia não se fez chegar, que ao menos afastada, sem temer, se apure a verdade que tanto se esconde.

Até que ponto desceu o Brasil com o PT?

Que a República de Curitiba, nos dos limites da legalidade vigente, sem se atravessar sobre a Constituição Brasileira, cerceie a quadrilha que nos últimos anos tornou a prática da corrupção de excepcional em corriqueira e banal.
Que, tal como no discurso estudado, ensaiado e direccionado que Michel Temer, Presidente interino, fez ao país, “A lava jato tornou-se referência em apuração de desvios e deve ter prosseguimento e proteção contra qualquer tentativa de enfraquece-la”.

Resta saber se é facto objectivado de verdade ou se o estado de graça brasileiro é mera piada recorrente.

Os 180 dias já começaram a contar e por enquanto nada abona o governo do jingle “Não fale em crise, trabalhe”. Aguardaremos até terça-feira 8 de Novembro de 2016, pois até lá tudo pode (mesmo) acontecer.

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