A peste sistêmica do que é a destruição Democrática não pode estar mais que evidencia em Angola.
Pior do que essa evidência – e abro este parêntesis para uma forte introdução – é a hipocrisia declarada entre Democracias que se dizem apoiantes de um Regime tudo menos Democrático.
Faço uma ressalva pessoal: nada tenho contra Angola ou qualquer Angolano em abstracto. Sejam rancores ou qualquer espécie de preconceito, todas as análises de carácter que fiz, faço e farei sobre personagens públicas, frisam-se num teor político, nunca – a não ser quando assim expresso – em características pessoais.
As últimas notícias que nos chegam do coração Africano, benzido por diamantes de sangue, preocupam qualquer um que pense em ler um livro outorgado como proibido por um partido enraizado no poder para desferir o estupro Constitucional a seu bel-prazer.
Se após um julgamento público em que a credibilidade se viu assegurada, agora parece que o Regime Eduardiano tomou para si a posse dos Direitos e Liberdades dos Cidadãos.
Se não fosse mentira era gravíssimo, a ser verdade, é criminoso.
Não fica escrito em pedra, mas tramita num julgado digital que supera qualquer papel proibido de ser lido.
Visto como um crime perpetuado com o acordo de muitos, vários, todos num interesse comum de salvação monetária.
Se a desculpa governativa de quem está no poder encontra respaldo Constitucional para respeitar Estados Membros de uma Comunidade fraterna, a sua defesa por partidos políticos – congregando políticas que permitiram o actual estado de sítio -, indivíduos para ganho pessoal – numa necrofagia assustadora – ou empresas com o espúrio intuito de aumentar os seus lucros, apenas demonstra a hipocrisia que assola o Futungo.
Angola é o novo cadáver político a ser consumido num festim de oportunidade.
José Eduardo está doente, Isabel rumo a múltiplas falências asseguradas por dinheiro público estrangeiro, Tchizé como substituta consanguínea que afastou Manuel Vicente numa traição fidalgal, Mosquitos e ‘Moscardos’ como generais patenteados sobre coisa nenhuma em iminente morte premeditada.
Sangue que se derrama numa rama que se assegurou demasiado tempo nessa ilusão de eternidade política onde o ilusório se fez ilusão de realidade.
Ali, onde as contas se acertam, não existe política, ideologia nem vontade do melhor fazer. Existe essa fome expressa num voto que há demasiado tempo se nega a um povo que se domestica numa ignorância consentida.
O logro desta Esquerda Socialista, absenteísta das suas reais responsabilidades, é servirem a ilusão como engodo e a realidade como prova de um crime que os outros, acobardados, aceitam em confrangedor silêncio.
No final, nesta política de terra queimada, negra e suja desse petróleo de riquezas e diamantes sangrentos, onde os detidos urgem pela libertação que uma ideologia aprisionou, sobrará a Esperança de que nada se repita, sobrevoada pelos abutres sequiosos de repetição.
Angola não se coaduna com o Ocidente Democrático. Transcende-o nessa origem primitiva que rubra as faces democráticas construídas no preconceito racial. África é a Mãe primordial de uma Natureza incompreendida e nativa em todos, apta a negar-se para ser aceite.
Para que, ao não se escrever em pedra, escrita no papel, se permita ler em total Liberdade.
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