Que a Esquerda Comunista vive cifrada nessa sua índole retórica dos princípios intransponíveis é algo que todos já sabemos ser tão louvável como corriqueiro e banal, a sua Direita Conservadora é consequente na resposta e não cede sobre a sua palavra de resguardo.
Sobre o que é a nossa própria propriedade privada, designadamente no caso feminino o seu útero, ou se nacionaliza ou se deixa privado.
Alugar é que não.

Dito isto, em sintonia formal, na última votação acerca do fracturante tema das barrigas de aluguer – tema abordado – imagine-se – pela novela homónima da TV Globo em 1990 – tanto o PCP como o CDS-PP votaram contra o projecto que o Bloco de Esquerda apresentou.
Novidade expectável: nenhuma.

Já no extremismo que antes se pronunciou tão atenta à identidade de género que figurava no cartão de cidadão, parece que a propriedade privada das barrigas de aluguer é coisa que a não ser pública, se deve manter numa esfera mista Estatal.
Não se escandalize quem me leia numa base critica sobre o tema, se a favor sou de que as barrigas se possam alugar, mas que o sejam sem ser nesta condição de parceria público privada, em que os desígnios governamentais determinem quem ou o porquê da barriga alheia servir os interesses de apenas alguns.

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Porventura serei eu quem seja omisso ou esteja esquecido, pois na índole atazanada do Bloco – agora unitário em torna dessa grande atriz – tenha descoberto que se Jesus tem dois pais, ao só ter uma mãe virgem, a sua imaculada concepção foi decerto de alugada produção.

Serve os princípios desta Esquerda, alugada na lapela do Primeiro Ministro, apta a manter-se imaculada até se ver, por natural parto, destituída e privatizada.
Pois não é ela, também, uma parceria público privada?

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