Ao que parece, na sobreposição falaciosa cuja composição gráfica produzi, ao relegar essa “exploração” Sindical, reivindicada pela eterna máquina propagandistica do partido de Esquerda Comunista, a CGTP, à exploração que a escravatura, infelizmente, ainda vigente no Mundo contemporâneo, criei um silogismo pré-Socrático denominado de apotegma.

Essa figura de estilo, que na sua definição se trata de um dito ou palavra memorável, uma breve sentença que expressa um conteúdo importante sem necessidade de se apoiar ou de se estender noutras orações/frases e que costuma ser comparada com aforismos, ditados populares ou mesmo provérbios.
Se por um lado há uma imputação graciosa ao apotegma, de forma a que ele contemple uma verdade consequente embora dita com algum humor, o aforismo, por sua vez, além de ir contra a corrente de um ditado popular e da sua origem popular, contém em si uma autoria e uma moral de ensinamento que nos produz uma acção/reacção contemplativa sobre um ‘eu’ muito mais que mero instantâneo e momentâneo.

De facto, indo directo ao tema abordado, não há justa comparação, sequer apotégmica, de que a faixa empunhada pelas forças sindicais da CGTP com a palavra “Exploração” se possam sobrepor com a exploração Humana que é feita pela escravatura de outros Seres Humanos onde essa condição – a de se ser reconhecido enquanto humano – existe.

 

CGTP

 

Parece pernicioso da minha parte que trace um julgamento tão lato e macabro nesta intransigente comparação linear.

Mas ficam as questões subjacentes – questões essas que me despertaram hoje pela manhã e ocasionaram a escrita deste mesmo texto:

Não é a Sociedade actual um apotegma?
Não vive auto-centrada nela mesma sem perceber que existe num todo?
Ou só existimos por porções de egoísmo sem compreender que, afinal, somos “Todos Diferentes, Todos Iguais“?

A verdade é que procuramos sempre um putativo facilitismo social, em que tudo nos seja dado mastigado, comentado, pensado por outro alguém que nos facilite a vida.
Prefere-se o facilitismo da Educação em detrimento de se ser Ensinado. Há uma clara inversão de valores.
Fazem-se tiradas com graça e humor – têm até mais piada os políticos que os humoristas.

E é justo aqui que já ninguém é nem diferente nem igual. É já só um todo atrás de outro tudo.
Daqueles que se impõem frente àqueles que se censuram.
A época dos binómios.

Na verdade, e como o que me propunha concretizar, nessa coerente dinâmica assertiva, era uma lícita comparação de choque e efeito com a sistemática versão miserabilista que “a sindicância sindical” reduz a força laboral a, temo ter corroborado de forma aforística essa mesma falácia em jeito de trocadilho.

Apropriando-me de Jorge Luís Borges, exímio escritor e utilizador das mais variadas forma pré-Socráticas psicológicas de versar os ensinamentos:
Os Sindicatos não são bons nem maus: são incorrigíveis.

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