As últimas semanas têm mostrado bem o descontentamento da Sociedade.
Desde a juventude que se espanca, que mata, Um despiste etílico que mata peregrinos, passando pela insurgência policial de extrema violência contra uma família, até aos adeptos de um mesmo clube que se agridem e são posto em ordem pelas forças policiais.
Há um misto de desordem no caos latente da Sociedade Portuguesa.
Algo está mal. Ou então sempre esteve bem.
No tempo do velho senhor, aquele que de Salazarista passou a Salazarento, entre uma Direita que reconhece e uma Esquerda que atiça, existiam três F’s que definiam a harmonia Nacional.
E tem graça, depois de um périplo de de Autoritarismo que nos fez estar neutros durante a maior Guerra do último Século, agora, nos 40 anos de Democracia, esses mesmos F’s têm um significado macerado que agrupa todos os feitos nefastos que citei antes.
Fátima, Futebol e Fado.
Fátima é o caminho religioso que educa a Nação laica, onde em 2017 virá o Papa que tudo parece estar a mudar. É também o rumo por onde iam os peregrinos barbaramente mortos num acidente automóvel por um condutor inebriado.
Futebol é o desporto Rei.
Ele manda e define os gostos acima dos bons costumes e moral. Assiste-se ao que se assiste.
Polícia contra os valores familiares, Cidadãos contra a Polícia, a Polícia a proteger-se desta mesma, e a Sociedade de iguais a tentar dispersar-se na sua diferença.
O Fado, que antes era o som melódico e triste, substituiu-se por um reconhecimento de Património Imaterial da Humanidade que poucos nativos escutam, preterida por musica que insurge violência e modos menos nossos.
Importa-se a violência gráfica e produz-se imagem que repugna todos.
A violência vai numa escalada onde os avisos fazem dos ouvidos moucos.
Entra aqui a culpa disto tudo: quem nos rege, pois são eles o espelho de nós mesmos.
E como a alternativa é igual e sintomática do mesmo, derrota-se, na ignorância de quem não compreende os três F’s de Salazar, que no mal do passado pode estar a correcção do futuro.
Parar para compreender o que foram estas semanas onde a política do hemiciclo nada teve que ver com o exterior, mas no seu sintoma de austeridade tudo afectou.
É sintomático.
O F Nacional é outro. Aquele que não se pode dizer, mas a vontade não quer calar: F+da-se!
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