A linha de investigação da corrupção económica tem vindo num crescendo.

Se olharmos para a História Portuguesa temos o Caso de corrupção económica mais famoso com o dandi Alves dos Reis, Chico-Esperto criativo que tentou um esquema de falsificação de Escudos no principio do século XX. Foi apanhado pela justiça e o escândalo controlado.

Já mais próximo de nós temos casos como a D. Branca, uma senhora simpática que agiotava os dinheiros lá do bairro, tal qual banco privado. Enredo tão bom que deu novela de sucesso. Foi apanhada pela justiça e o escândalo controlado.
Ainda nesta senda surge-nos o escândalo financeiro do empresário Pedro Caldeira. Ele fazia já uma lavagem de dinheiro mais sofisticada e até andou foragido pela Europa. Foi apanhado pela justiça e o escândalo controlado.
Depois houve aquele senhor estranho que balançou entre o poder e o desporto, Vale e Azevedo. Branqueou, roubou, desviou, usurpou. Fez de tudo com o dinheiro e até se exilou em Londres. Foi apanhado pela justiça e o escândalo controlado.
Já dentro do poder governativo local, Fátima Felgueiras e Isaltino Morais são julgados por sacos azuis e recebimento de luvas. Foram apanhados pela justiça e o escândalo controlado.

Este fim‑de‑semana o cidadão José Sócrates é detido e acusado dos crimes de branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências.
Nunca antes a justiça tão perto chegou de uma figura tão importante do poder governativo.
Espera-se justiça, mas o escândalo está descontrolado.

Cavaco Silva Next.jpg

Seguindo o crescendo da linha de investigação da corrupção económica só me resta imaginar que, após a saída do cargo de Presidente da República Portuguesa, o cidadão Aníbal Cavaco Silva, seja ele também visado numa investigação onde o seu nome, e/ou o de sua mulher, Maria Cavaco Silva, e/ou familiares, sejam inquiridos em processos que vivem na imaginação colectiva da Sociedade Portuguesa.

Apesar do digníssimo Presidente da República Portuguesa cumprir escrupulosamente e com total transparência e seriedade o seu cargo público enquanto representante máximo da Nação Portuguesa no Mundo, a sua pessoa, o cidadão Aníbal Cavaco Silva, esteve envolvido na polémica do Banco Português de Negócios e da Sociedade Lusa de Negócios numa compra muito benéfica de acções, onde tanto o preço de compra como o de venda foram, respectivamente, baixos e demasiado elevados quando comparados com outros exemplares de outros clientes.
Numa entrevista à televisão pública esclareceu que esse tipo de investimentos é algo que nem ele nem a sua mulher tratam pessoalmente, e que são aplicações que consultores o aconselham a fazer. Nem teria tido conhecimento da mesma, ainda que a sua assinatura pessoal estivesse nos papeis de compra e venda das ditas acções.

Evidente que não faço mais que especular, pois como se diz, todos são inocentes até que se prove o contrário, e sobre o cidadão Aníbal Cavaco Silva, sua mulher e familiares, nunca recaiu nenhuma suspeita.

Mas com a linha de investigação à corrupção económica num crescendo, depois de Sócrates, não vejo quem se lhe segue.

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