Denote-se, escrevi Geringonça, maiúscula no G. Ainda assim não perdi esse vício, é a Geringonça, mas vamos.
Se António tinha um plano, e atenção, uma carta – parcialmente fictícia – lhe escrevi, não era o de arrumar o PCP para dar uma de Mitterrand. Não, António, na sua herança paterna, jamais atraiçoaria esse beijo da serpente que não mata mas mói e vai indo de fininho, traindo tudo e todos, cruzando caminhos por onde passa, sem resguardar mais que o seu sangue para atingir o seu único objectivo: dormir como o alto dignatário que é.
E que bem que o desempenha.
Sem custos e só benefícios.
Quem sabe agora lhe tenha saído caro, mas que vitória é esta em Almada que faz da outra margem uma memória menos menos paisagem e mais Portugal?
Não falarei das contradições quadradas que os círculos feitos em comentários televisivos expõem. Nem sequer quando as entrevistas sem pré agenda ou resposta montada o deixam tenso e em xeque.
Concentro-me no que importa. Nesse mal menor que diminui para ser reflexo do nosso orgulho: o défice que não importava para aumentar cada vez mais a dívida.
Ainda agora o mesmo a dívida atinge novo recorde; 250 mil milhões de euros. Coisa pouca, suponho.
Citei faz dias que “as dívidas não se pagam, gerem-se”; Sócrates, José o investigado dixit.
E que melhor fonte de inspiração e deleite para o partido da revolta e apreço que este onde nem o seu actual líder se digna a ir ao maior funeral de Estado da Nação Democrática.
São ares. Ares do Índico que aqui fazem uma espécie de paradeiro e atractivo.
Lembram bem esse relevo de interesse e apreço: obrigado à Geringonça, mas Portugal nunca deixou de ser o Colonizador a ser conquistado pelo apto Colono…
(continua)