Aplaudem, com glória de facção, a minudência das décimas do défice que a Esquerda, outorgada pelo poder dessa espúria União, dignifica Portugal num revés cujas memórias mais espartanas que uma qualquer figura da Soeiro Pereira Gomes se revolveria em túmulo comunitário.
Graças à História, à desses, que não sou Português!
Onde já se viu, neste ano que passou e a cativação se fez plural para rimar com perdão fiscal, um país entregue ao miserabilismo de uma promessa feita qual palavra revogada no acto da sua autoria. Se de encosta se tratasse diria que dela se desceu para vergar face a uma Europa, a tal Calvinista – tão igual mas distante – que aqui faz reduto de insulto, para com esse orgulho se poder proclamar: O défice mais baixo da Democracia Portuguesa.
Vida além do défice? Há se nas mãos das bestas que escrevem por extenso o seu número para escárnio de quem mais o baixou em menos tempo, revelando a fragilidade destes que agora até falam na saída da moeda que nos paga salários de miséria.
Mas e a comissaria dos apaniguados que se designam de Função Pública, aqueles alvitres que, de greve em greve, penando nesse limbo de ubiquidade, nos sugam para se sugarem a si mesmos? Segunda a regra da estável proporção, na Segurança Social são quatro explorados por um, chefias sobre chefias que montam uma máquina voraz, consumidora dos cofres Estatais, os tais cheios que depressa se esvaziaram nas promessas desse Messias de Fontanelas.
Alvíssaras pelo de Massamá, era mau mas do mal o menos, que se em quatro anos baixa 8,2% de um défice insustentável, que se dirá de quem dele leva os louros por em ano e meio apenas baixar oitenta e sete décimas?
Venham os copos, as mulheres e demitam-se aqueles que este engodo engolem, pois da brandura costumeira se farta o Povo explorado. Ou quem sabe não, pois o circo se monta para arraial celebrar.
Chegam os Santos, há sardinha, eleição e promessa de que, num futuro risonho, a inveja será sempre o que define esta terra da qual, por bem, decidi não ser cidadão.
Nota:
A mística em torno da minha Nacionalidade é um facto que deixa muitos confusos ou perplexos, dado que, ao ser Brasileiro, nasci em Portugal. Nada a confundir, tratando-me do filho dos retornados das expropriações do 25 de Abril, exilados no Brasil, Brasileiros pela opção de vida que a força política assim, em parte, designou.
Ao chegar aos 18 anos, adulto perante a Lei, tive a opção de eligir ser colono ou colonizador. Fiquei-me por ser Brasileiro havendo, aos 21, a opção dos direitos políticos. Não a tomei, mantando-me nesse – e, em graça me cito – limbo de ubiquidade.
Aqui estou, lá também. Como cronista, daqui, de além e do sempre mais.