É facto, hoje celebram-se os 60 anos da assinatura do Tratado de Roma, na verdade dois tratados; o Tratado Constitutivo da Comunidade Econômica Europeia (CEE) e o Tratado Constitutivo da Comunidade Europeia da Energia Atômica (Euratom), que lançaram as bases para aquilo que hoje designamos de União Europeia.
São sessenta anos de algo que, numa parábola fílmica, invocando esse galardoado filme cujo autor se escondeu nas sombras da perseguição Comunista Anti-Americana décadas antes, dão nome e mote a este texto.
A Europa mais parece essas ‘Férias em Roma‘ onde uma Princesa logra fugir ao estrelato da sua presença na comunidade elitista que representa e se esconde nos bas fond onde o jornalismo faz dela o segredo pronto a ser revelado como se uma nova moda ou tendência se tratasse.
Evidente que a juventude ou jovialidade Europeia já não são as mesma de uma Audrey Hepburn retratada num imortal preto e branco feito noire clandestino de uma noite cujo dia se desperta para a normalidade real voltar. A Europa actual vive dos furos jornalísticos que os mídia exasperam por fazer vazão do que os políticos remedeiam a sua notória incapacidade.
Não, ‘Roma’ não está de férias mas o seu Tratado parece um escape.
Se em retrospectiva se reescrevesse, tal qual Dalton Trumbo, o enredo para este ‘A princesa e o plebeu’, certo estaria que, alucinada, conduzindo uma vespa, Angela Merkel levando Robert Schuman, petrificado de horror…
Europa, umas férias longe de Roma…