Hoje a minha crónica é um espelho de homenagem a Vasco Pulido Valente e à sua crónica no jornal Observador.
Diz-se que Vasco, na sua verrinosa vontade de quem já conviveu com a derrota política, nunca diria mal da Direita que o assiste na História da Democratização Portuguesa. Se elogio máximo existisse acerca desse facto, mais expresso não estaria no seu relato acerca de Mário Soares e no derrubar do que foi o Comunismo agrário das expropriações em 1975.
Mas ser consciente do passado não significa ver com olhos toldados o presente.

Nem ele ou mesmo eu. A Direita Portuguesa sofre de uma anémica condição que só um facto alternativo – modus operandi político tão actual – permite desagregar em espera que a assumida União das Esquerdas dos papeis assinados faça regra e razão de desunião.

Se na saída das eleições, Coligação vencedora feita Governo de 11 dias, não se encontra a resposta para o dilema actual, não será nos quatro anos anteriores com a Troika instalada que a pergunta se coloca.
Passos foi o Bom Pastor, Luterano ad nauseum, credo de Fé neste Portugal ateu-agnóstico-Cristão. Portas não.

Se Portas sabe bem como se derrota um líder, facto ocorrido internamente no CDS com Manuel Monteiro, sabe bem também fabricar a sucessão para secessão. Facto concreto: Assunção Cristas.

A profética nova vaga Democrática Cristã aproxima-se mais de uma titularidade do faz-tudo-e-faz-bem no presente politicamente correcto feminino das cotas visíveis e visuais dos saltos altos em calçada lisboeta, mas sem o nó de um ponto que ficou lasso.
A vitória PàF transformou-se num cómico cartoon PAF pela maioria dividida que a sua existência permite à minoria governar.
É certo que o esforço de Passos Coelho é agora ser a mesma demagogia alicerçante do bota-abaixismo que logrou a vitória de secretaria de António Costa e do seu Socialismo Esquerda Caviar, mas quando na arena política a sustentação é feita através do Diabo Sindical, mais vale jogar ao mesmo jogo.

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Passos nunca saiu de Massamá, quer de corpo quer de espírito. A sua dimensão real é um mundo que se aproxima tanto quanto o deslumbramento que Cristas produz ao se candidatar a uma Presidência Camarária que não tem chances de conseguir.
Junto deles bem se pode unir Costa, cuja única dimensão conhecida é lograr deitar-se e saber que jantou uma vez mais a poder dizer “ainda sou o Primeiro Ministro!”.

Fora o juramento Soviete derrubado pelo Golpe de Novembro de 1975, só mesmo os Comunistas e os aprendizes Bloquistas é que têm uma dimensão supra Nacional. Para bem de todos a velha máxima faz-se sempre presente, e se Portugal é Socialista, a profissão da Fé também. Hajam muitos Lénines, mas sempre de apelido Jesus.
Daí que a anemia Social Democrata se faz Cristã, Socialista, Trotskista, Comunista e até Verde com um laivo Ambiental.

Vive-se a perpetua crise de valores políticos onde a certeza de se ser Português reside.
É que quando se fecha uma Porta, abre-se sempre uma janela…
Esquerda? Direita!
Volver…

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