Agora que o Reino Unido votou para (ficar/não ficar) na União Europeia, o percurso a seguir fica mais claro.
Tudo dependia dessa escolha, ainda que numa proximidade relativa, quando o desempate determinou (ficar/não ficar) junto com a restante Europa.
Os riscos feitos o decidiram e foram contados.
(Unidos/Separados) estamos!
Glorifique-se a objectificação que a Democracia vigente produz!
O desvio redundante termina por ser tão anacrónico que nem preciso escrever com uma precisão acutilante, visto que um qualquer ‘nariz de cera’ literário risque-o-que-não-interessa logra a escolha apropriada. O referendo à permanência, visto já o ter escrito muito antes, traz essa façanha Britânica filibusteira dos piratas negociantes. In extremis lembra o tumulto que foi o referendo à austeridade Grega. Vence o ναί quando o resultado foi o όχι.
Vota-se para um fim oposto daquele que se predispôs ser o vencedor. Unem-se as vontades minoritárias contra a maioria relativa. (onde é que já ouvi isto?)
Pergunto-me se a razão de proporcionalidade não está ela objectificada também? Se não estamos a repetir, por inércia cega e amnésia objectiva, os recursos populistas que a máquina partidária de Hitler utilizou nas eleições parlamentares de 10 de Abril de 1938?
Além da eleição ter sido feita sob a forma de referendo, a pergunta limitava a uma escolha simplificada dentro de um campo visual, objectificado, onde o ja se centrava num circulo duas vezes maior que o nein, do seu lado direito, menor e descentrado por forma a forçar o voto.
Diga-se de passagem, o sim venceu com 99,5% dos votos.
É certo que hoje já não existe este tipo de manipulação declarada e decretada, mas a manipulação interna, com o apelo à suposta União onde a mesma não existe é o risco relativo que se corre caso a inércia permaneça de forma estática.
A Europa precisa parar de objectificar-se, de alicerçar-se em condicionamentos risque-o-que-não-interessa para se convencer e convencer o resto do Mundo que ainda é capaz de levar a cabo a ampla contemplação que jaz na sua raiz etimológica.
(Sim/Não)?
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