Surge como se de um novo problema se tratasse: Sustentabilidade da Segurança Social.

Se as SS de Hitler foram o que foram, os 3 S’s do Estado Social Democrático não parecem ter muitas alternativas que não passem por uma alternativa que não uma eutanásia pensionista.

Vou explicar.

O sistema de Segurança Social, em que o cidadão trabalhador, quer público ou privado, assegurava a sua reforma, descontando para um fundo comunitário, em que ficaria uma parte correspondente aos seus ganhos amealhada para o período designado de reforma, tornou-se uma Hidra de inúmeras cabeças.
Para começar por uma razão substancialmente simples: a Esperança Média de Vida aumentou.
Se nos anos 1960/70 ela era em torno de 70 anos nos geral, hoje em dia, 2015, essa idade subiu para 81.

Ou seja, no espaço de uma geração as pessoas, por terem melhores condições de vida, mais acesso à saúde, cuidados médicos, etc.., vivem em média mais 11 anos do que anteriormente.
O que significa que os Cofres Públicos, onde o ‘bolo’ da poupança da Segurança Social está amealhado, tem que se multiplicar para provir essa década suplementar que se vive a mais.

EUTANÁSIA PENSIONISTA.jpg

Óbvio que se criaram mecanismos para retardar o acesso, lícito, à reforma, nomeadamente aumentar a idade para se receber a mesma.
A idade da reforma em Portugal costumava ser aos 65 anos, facto que se alterou em 2014 para os 66 anos e que, em breve, com a incapacidade de se poder pagar mais Pensões ou Reformas, subirá exponencialmente à medida que o número de idosos cresce progressivamente e a juventude não se renova.

Nos quadros estatísticos, actualmente temos 25,1% da população com mais de 60 anos.
Em 2030 será uma percentagem de 32,6, e em 2050, 40,8%.
Isto, claro, se a regeneração forçada não ocorrer.

E como não antevejo uma inversão do paradigma chinês de ‘um casal, um filho’, em que faremos das Mulheres portuguesas parideiras e os Homens um procriadores natos, mais depressa acredito que a segurança Social ganhe uma autonomia total do erário Público, sendo que o dinheiro lá depositado não possa, nem deve, ter uma gestão de risco.
Mais, o sistema pensionista não pode contar com o risco (im)provável da Esperança Média de Vida se ir propagando à infinitude e a sustentação ser, deveras, impossível.
O actual ‘esquema de Ponzi’ já está a estourar, por tal há que determinar uma barreira, constrangedora, mas realista.

Um Sistema de Pensões que funcione, de forma sustentável, como uma indemnização compensatória pelo trabalho realizado ao longo da vida, igual ao que ocorre quando somos despedidos de uma empresa e nos compensam pelo trabalho realizado.

Aferindo os anos de desconto realizados, determinando o recebimento fixo mensal por ano descontado, recebendo-se num todo o montante correspondente.

Não mais a incerteza do número de anos de vida a viver, no sentido de se estar na eterna espera de ser a actual geração a pagar pela geração que, agora, se reforma.
Evidente que isto faria, de forma muito rápida, os maus gestores recorrerem a crédito para compensar o gasto desenfreado que fariam da dinheirama recebida de uma assentada só e o surgimento de abutres bancários para os socorrer.
Mas isso é parte do Holocausto Humano nato em nós.

É que se a Segurança Social não se sustenta no engenho ardiloso da consciência de cada um, apenas vejo a opção irrealista de uma Eutanásia Pensionista generalizada.
Nunca o ‘Logan’s Run’ me pareceu viável e um ‘Sanctuary’ mera ficção fictícia.

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