Partindo do ideário Nacionalista defendido como sendo a Política, essa malévola criatura nefasta que nos afecta e determina as escolhas que delegamos poder aos outros para tomarem por nós, apresento a minha representação na Quadrienal de Praga 2015, a cargo da APCEN | Associação Portuguesa de Cenografia, sob o título enigmático em Inglês, ‘Framed’.
Utilizo a expressão ambígua com o duplo sentido expositivo da apropriação de um espaço da sala G30 na KAFKA’S HOUSE, que não o será pela forma retaliatória como nos castram e limitam na apropriação do mesmo, e pela resposta pragmática de tratamento que lhes vamos dar.
Por outro lado, existe a relação emocional de Metamorfose analítica de Kafka, nome do espaço para a ID (ENTITY) BOX.
Definição de ‘Framed’
A palavra Inglesa ‘Framed’ deriva da palavra ‘Frame’ que significa literalmente enquadramento, quadro ou moldura, assim como é cada um dos quadros ou imagens fixas de um produto audiovisual.
Por outro lado, com uma conotação mais política, o termo ‘Framed’, quando dito ‘to be Framed’ significa ‘ser tramado por um terceiro’.
Assim, chamando a minha intervenção de ‘Framed’ realizei, através de uma exposição de quadros de sátira política, sem moldura, um momento de criticismo sobre a situação actual e permanente da História de Portugal na Europa e Mundo, caracterizando o passado recente e contemporâneo numa retrospectiva historicista de quadros clássicos reinterpretados.
É a perfeita metamorfose de Kafka, em que a pintura digna do passado, se transforma na ressaca emocional do pensamento emotivo da actualidade.
Por outro lado, respeitando a questão espaço-ambiental da sala que nos foi designada, forro, in loco, o espaço, integralmente, a papel bolha, como analogia do cuidado que há que ter tanto com a dita obra de arte, mas com esta visão política totalitária da nossa frugal existência e confiança cega naqueles que, em apoteose escolhemos, e na desgraça afastamos como os malditos oportunistas das erradas escolhas que não gostamos de ver impostas.
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