Esta semana uma advogada publicou no Boletim da Ordem dos Advogados um inflamatório texto de retórica jurídica em que, sem mencionar nomes ou datas, referia-se, (in)directamente ao seu cliente e ao seu amigo, ambos detidos provisoriamente, naquele caso que tem o título nobiliárquico do Senhor representado na Estátua da principal rotunda da cidade de Lisboa.
É um texto interessante, pois sem mencionar ninguém, deixa que não se processe alguém com sentido difamatório.

Mal por mal ficou a leitura de dito texto televisionado, quando a palavra chave ‘suponhamos’ em vez de dita ‘supu-nha-mos’, era repetidamente dita ‘supô-nha-mos’, mas isso é uma questão linguística acessória.

Mas vamos a um exercício de estilo semelhante.
Vamos fazer um ‘suponhamos’ (bem dito) sobre um determinado País no Continente Africano onde a presença Portuguesa, ao ser combatida pelo direito à Liberdade, levou à eleição Democrática de um Presidente, unilateralmente totalitário.

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Suponhamos então que esse dito País imaginário, cujo Presidente está gravemente doente com um cancro generalizado, e cuja sucessão começa a ser um problema a debater, tem um grave problema interno na distribuição igualitária de Poder.

Suponhamos que, ao longo dos anos, numa Sociedade méritocrata, na distribuição de Cargos de conveniência, o Poder Militar foi atribuído de forma indiferenciada, e que fileiras de Generais, alicerçados num falso poder económico, surgiram como apoio político e social ao dito Presidente.

Vamos supor agora que, o braço direito do Presidente, que por questões clínicas tem os dias contados, não angaria a amizade Popular junto dos restantes Generais feitos poderosos pelos empréstimos do petróleo, a moeda de troca do dito País imaginário.

Suponha-se agora que, não só a ligação entre a fonte de Crédito entre o antigo Colonizadores desse País Africano se viu desrespeitada pela anulação de uma garantia irrevogável, como a crise internacional do petróleo afectou gravemente os cofres Estatais.

Imagine-se agora que, no inconveniente da morte do Presidente, ao se criar o fosso da sucessão Democrática, e ao se ver, o Delfim General, impopular aos olhos dos restantes, sozinho no pódio, o surgimento de uma qualquer Lei Marcial que impere, derrube a Democracia da Liberdade Africana, e se instale, neste País Democrático, uma Ditadura de cariz Militar, onde o expurgo dos imigrantes Portugueses é imediato, o confisco aos bens estrangeiros é invocação Nacional, e a deposição dos símbolos do Poder morto a suposição desta probabilidade.

Tudo é mera suposição, nada passível de ocorrer, pois tal País existe ou similar situação se passa.
Para os cerca de 140 mil Portugueses imaginários, tudo isto não passa de um ‘suponhamos’ Africano.

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