Não sei se o conceito invocado no título – desta anestesia Social em Portugal – será um mero sintoma Nacional visto observar o mesmo ocorrer no Brasil, mas perante a resposta pública da detenção sob acusação de arquivamento de processo judicial de um Procurador do Ministério Público, posso garantir que, ou as pessoas apenas se preocupam com o seu final do mês, ou a nossa Justiça revela a fragilidade Humana que a compõe e a corrupção que a sustenta.

O facto que invoco, desta Natureza Humana que constitui a maior força e fragilidade da Justiça, é agora o seu calcanhar de Aquiles.

A passividade com que fomos assistindo ao desenrolar de uma trama Política, Económica e Social ao longo das últimas décadas, em especial nesta reversão sociológica da colonização, revelam em como o conceito de embate da Democracia estabelecida (Portugal) não joga nada bem com as jovens Democracias (Angola) e a sede de poder e vontade em construírem/constituírem um passado inexistente.

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O Procurador Orlando Figueira acaba por ser uma pequena peça de xadrez, um peão, num tabuleiro maior, onde as jogadas daquilo que se desenha numa estratégia espúria e que envolve nomes sonantes, anónimos e ainda por descobrir, são relato de algo que em tempos desenvolvi como um suponhamos.
Graça tem a invocação desse texto referir uma advogada a insinuar insinuações por parte da Procuradoria Pública e de agora nos vermos a braços com um Procurador, representante dessa entidade que serve o propósito de, além de zelar pela Sociedade, ser o garante da imparcialidade jurídica entre diferentes.

Evidente que o caso atravessa fronteiras e toca num protocolo Internacional a braços com problemas financeiros, e só por tal se imagina ver-se agora a menção escrita de ditos nomes nos jornais que, outrora, serviam o regime Angolano.
Mas a isenção política é ela também enviesada.
Amorfamente o silêncio é comparsa entre os Países que, a não serem irmãos, são compadres nesta cumplicidade. Não se esperam beija-mãos, mas também se sente a ausência dos nomes de peso político nas acusações que vão, a pouco e pouco, ressurgindo no panorama actual.

Porventura a anestesia Social que ocorre em Portugal seja mesmo a económica, estagnada em todos nós, olhando apenas para a nossa carteira, da mesma forma que só atacamos quem de nós se serviu no momento em que mostram o seu flanco.
Pode até que tudo tenha que ver com dinheiros desviados de Bancos que já não existem, compras de bancos por filhas de Presidentes cuja vida presa por arames está, ou mesmo que tudo passe por offshores onde nomes da nossa Praça fizeram créditos de salvação momentânea.

Pode quase tudo, mas isso é outro suponhamos.

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