Se esquecermos que os enlaces do Embargo a Cuba começam em 1958 com a recusa de ajuda Norte Americana a Flugêncio Baptista, Presidente Cubano, contra a guerrilha de Fidel Castro, podemos dizer que o verdadeiro embargo começa em 1960 quando os EUA se recusaram a comprar o excedente de açúcar produzido pela ilha Caribenha.

Uma das propriedades do açúcar é a quantidade de calorias que uma pequena porção contém, e assim, a energia que a mesma fornece ao corpo Humano.
Nesse sentido, a União Soviética, a URSS, com necessidades de alimentar o seu povo carente de calorias, compra o excedente de açúcar Cubano.

Os Norte Americanos que sempre tiveram uma relação cordial com Cuba, fazendo-a o seu ‘parque temático’ para Militares reformados e escritores ébrios em férias, não gostou da proposta do seu competidor Soviético e tomou medidas drásticas.
O corte diplomático é firmado a 3 de Janeiro de 1961 pelo então Presidente Eisenhower, e só depois, em 26 de Julho de 1964, já estalada a guerra com a Crise dos Mísseis Cubanos, é declarado oficialmente o ‘Bloqueo’ a Cuba.

A crispação durou 52 anos de muito amargo e complicações forjadas na ideologia Comunista da ilha, e da visão quer Imperialista, quer Capitalista que a Terra de Liberdade do Tio Sam, têm.
Parecia que uma enorme ferida se tinha aberto de forma perpétua, alencada na memória viva de uma Base em Guantanamo, sita em Cuba, onde os Americanos tudo faziam menos açucarar a realidade.

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Se por um lado a Liberdade era a visão que o Mundo defendia, a ostracização imposta pela unilateralidade não mais poderia ficar calada num Mundo feito de mudança. Francisco, o Papa Jesuíta interveio, uma missiva escreveu, e a História mudou.

A 17 de Dezembro de 2014, num prenúncio doce sobre excedentes comerciais, o Presidente Barack Obama, em sintonia com o Presidente Raúl Castro, líderes dos EUA e Cuba, respectivamente, declaram a uma só voz, cada um à vez, que a aliança diplomática entre os países divididos no Embargo do comércio excedentário do açúcar, teria o seu fim.
De novo Cuba terá uma Embaixada em solo Americano e o contrário se dirá para os Americanos em Cuba.

Nos idos anos ’60 a moeda de troca ainda era as calorias que davam força ao ser, agora é a matéria prima que se extrai e processa para alimentar a industria petrolífera.
O Mundo vive distraído, pensando que os Embargos são despropositados ou que são meras as razões políticas que evocam, numa surdez cega de quem não quer falar as verdades.

Agora a realidade é outra. E no momento em que Vladimir Putin se vê em queda, na insurgência Árabe do domínio pelo ‘ouro negro’, a América junta forças, e na coesão, una, faz do seu Continente, a frente Quente que finda a Guerra Fria Soviética.
Por fim, Cuba é Livre.

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