Ok, acordar sábado pela manhã, dia 22 de Novembro de 2014, e ter o impacto mediático de ver todas as publicações do Facebook serem sobre um único tema é estranho, comovedor, e realista.
Ou o país, Portugal, está a cair e a desfazer-se, ou a justiça da impunidade de facto acabou.
Sócrates, o intocável, o Primeiro Ministro ‘Teflon’, onde nenhuma polémica ou mal ‘colavam’, foi detido.
Todos viram, foi gravado, exposto na tv, falado, comentado, argumentado, e agora espera-se a destruição política daquele que foi o mais importante homem Socialista Português.
Não houve tempo para as reacções políticas. É cedo e todos estão em choque. Imagino que o próprio Sócrates sinta saudades dos seus amigos Procuradores que rápido vinham ilibado de tudo.
Mas a verdade é que tanto a oposição restante, como a maioria reinante, farão um festim político deste facto.
O PS pedirá contenção ao se tratar de um caso da Justiça, mas seguramente o CDS os lembrará do mesmo sobre os Visto Gold, e a forma como trataram Paulo Portas dias antes. E o PSD não será meigo também.
A vida política na Assembleia é assim mesmo, é matar e ser morto, e Sócrates é a carcaça política do momento. Não importa se é verdade ou mentira, se praticou ilícitos criminais, branqueou dinheiro em offshores, ou ajudou a sua Mãe a comprar um apartamento multimilionário em Lisboa. O que importa é destruir o PS e o seu novo líder, que de forte passou a anedótico.
A frente Socrática na Assembleia que de desacreditada é agora uma espécie de viúva num funeral que ainda agora está na autopsia, e António Costa o morto que ainda não sabe que morreu.
Mas como Portugal é um País de brandos costumes, da velha guarda e das pessoas que têm compaixão e pena, quem sabe isto ainda faça bem a Costa, e em vez do PS descer costa a baixo, o faça subir ladeira acima…
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