Centeno em Bruxelas, Costa em São Bento, Marcelo em Belém.
Tríade equilibrista Red Pill deste mundo onde o que ontem é dito e assinado hoje é negado para se assassinar.
Quem viu Comunistas celebrar junto dos inefáveis Bloquistas que agora – na voz do seu dono fala – vem avisar para o descalabro desse Matrix existencialista dentro de bancadas que apenas se lamentam sem a meios olhar para assessores a peso de ouro contratar?

Mas Portugal não é o centro desse mundo onde o viral de uma cena de cinema nos leva a outra realidade.
Kirchner tem mandato de prisão enquanto na Venezuela se faz de uma moeda virtual a exaustão de um país falido. Apoio por causas espúrias, o populismo sempre deu nisso. Veja-se Trump cumprir essa eterna promessa Norte Americana adiada, Jerusalém, a capital sagrada, feita a capital de Israel.

Follow the White Rabbit.
Somos o coelho.

A vida não é um filme, transposição momentânea da realidade, do conforto agreste de duas poltronas frente a frente, dois opostos feitos iguais, mãos de palmas abertas com duas opções de escolha num reduto intelectual daquilo que a world wide web seria.
Não há Morpheus ou Neo’s. Ou mesmo os “Selfie”-Made-Man, os tweets ou a viralidade incessante dos ‘Breaking News’.
Na verdade as pílulas vermelhas existem para quem subsiste como o avatar que não se desconecta.

Choose the Blue Pill.
Tomamos a pílula azul.
Seja um comprimido (que isso passa), aspirina ou (até) um Viagra.

Morpheus.jpg

“Se fosse mulher feia tava tudo certo
Mulher bonita mexe com meu coração
Não pego; Eu pego; Não pego; Eu pego…”

Há luzes vibrantes, piscar sem néon, herança pobre de um 1970 sem dinheiro mas enriquecido. Aqui vive-se o populismo original longe do populixo actual.
Portugal, Lisboa, Cais ‘Sodré, Viking Bar.
É Red, mas Light. Blue for sure.

O striptease da Mónica – lendária – começa.
(nada de fotos por favor)

Música repetida em acordes reconhecidos de uma coreografia ensaiada.
Varão, rotação, músculos definidos de quem faz isto há anos.
Logo logo a vítima de uma casa cheia onde o cheiro de naftalina se esmorece entre os cigarros que se fumam.
Venha ele, um embriagado, solteiro que vai atar o nó, amigo a quem querem animar entre as coxas de uma bailarina exótica.
Um Homem como vítima dessa predadora, o seu centro de atenção… não… Hoje é uma Mulher.

“Chapada nesse c*!”
Tacão a bater no palco improvisado feito eterno recanto de humilhação.

Despe a parte de cima, exibe a naturalidade de quem há pouco foi Mãe.
Pede para a agarrar. Diz não? Palmada de novo, mais força a bate com o tacão.

Despe a parte de baixo. A comoção masculina vai ao rubro. Agacha e esfrega face em face, de onde se veio e de onde a palavra se profere, para o agrado masculinizante de todos ao limite – em decibéis – nos levar.
Foi strip integral. Nunca visto. “Me Too” uivam os Homens babões.
10 segundos eternos num vibrato de emoções. Lesbianismo como ressaca de uma noite encarnada que nos deixa azuis.

“Eu juro a carne é fraca Mas nunca rolou
Não pego; Eu pego; Não pego; Eu pego…
Não pego não!”

Os quinze minutos das três da manhã assim se passam para as 4:00 chegar. A casa fecha nesse amargo recado de que a realidade não é um avatar.

Saímos da toca.
The White Rabbit is out.

A pílula vermelha voltou.
É Breaking News, Fake News, #metoo do assédio sexual. A Mónica usava um protector vaginal.

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