Diz que há eleições. Diz porque há cartazes, se não bem podia não haver já que o estado da Nação é viver sem noção em tratos de ardil e populismo de feira, arruadas de microfones em mão e entrevistas de sindicalismo.

Vivemos tempos políticos conturbados em que quem nos governa não governa, vive antes para nos lembrar que foi neles em quem deveríamos ter votado.

E é nisto que se anda sem andar.
São rostos, olhos e bocas, bicos nos cantos e cantos em bico.
Ganha voto quem na sua barba rala transmite esse trémulo olhar de verde tingido de uma ascendência fina e chinela popular. Grite-se o orgulho Patriótico de Esquerda Comun… itária!
Alvíssaras, é Portugal…

vota.jpg

Vá, bloqueiem-se o feminismo que as Senhoras Lisboa aqui só a própria da cidade que o país é macho e saudosista de antanho!

(Sardinhas? Em lata que o carapau é especial mas aqui é a carne assada e o porco na brasa que nos compra o voto!)

Aos homens é vê-los em negação. Uns finalmente dizem quem é o Diabo que a não ter chegado sempre ali esteve, enquanto os outros a serem a sua encarnação cortam o pio à Liberdade que a Imprensa pensa que tem no País do Faz de Conta.

Pára tudo e façam-se as contas. É tudo a somar. Não houve azar nos cartazes locais. Houve? Coisa pouca, é regional, a nação ri em meio do proletariado manietado que tudo pára e do privado que a nós nos mantém.

No final é arrestar, a disputa é farsa popular.
A geringonça ocasional veio mesmo foi pra nos ______ e ficar.
Vivemos é nos anexos do Socialismo preambular:
“Abrir caminho para uma Sociedade ‘de rostos familiares'”

1 Comments

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.