Devemos olhar-nos. Olhar a Sociedade Europeia, a Sociedade do Brexist e ver que ele existe.
Ver que o referendo na Catalunha tem vontade e negado pode ser executado. Diga-se, corrigida a cor política de quem o defende, toda uma Espanha aguarda esse Regicídio para acabar com o subsídio que consome um País.
Mas esta é a Europa do subsídio, do político e politicamente correcto.
Do nós, vós, eles. Nunca do eu, indivíduo.
Merkel foi indivisível quando aceitou todos, mas dividiu a Alemanha por tê-lo feito. Agora se nota.
O pior de nós, porque o preconceito em todos vive, ali reverbera.
A Alemanha não é Socialista; bem haja, mas escusava de seguir o rumo populista que a Grã-Bretanha elegeu.
Sobra-nos a Chanceler não ser como António Costa, formando uma geringonça de utilidade para sobrevivência político partidária onde coloque os interesses do seu eleitorado acima da minoria que se insurge.
João Marques de Almeida descreve-o melhor que ninguém; “Não há razões para celebrar”, pois não é só a entrada da extrema direita nacionalista e anti-europeia no Parlamento Alemão pela primeira vez após a 2ª Grande Guerra, é uma reestruturação minoritária entre partidos que darão azo a possíveis eleições antecipadas numa instabilidade financeira Comunitária.
Mas da negação não se vive, e os sinais de mudança sentem-se. O extremismo chegou tal Reality Show de horrores transatlântico.
Se na Alemanha os cartazes “13% ist 1e schande” saíram à rua em vergonha pela chegado do AfD ao voto Democrático, na polarização tweeteira a China traçou o limite entre Trump e Kim Jong Un, ao mesmo tempo que o Presidente Norte Americano crê que a Liberdade de Expressão deve ser vedada ao jogadores da NFL.
O “seu” Rocket Man descreve-o na perfeição: “dotard”
Acreditem, tudo isto é mais Europeu já que o Ex-Procurador-feito-Investigador-Especial Robert Mueller se aproxima do elo Russo que elegeu o pato-bravo do Bronx à cadeira do poder mundial.
Já ‘nós por cá’; em Angola Marcelo é assobiado como elogio, mas Costa é expressamente não convidado, num sinal dessa mudança política que altera o rumo de toda uma linguagem e diálogo político que se sabia existir. Heranças negadas de uma garantia soberana, quem sabe?
(constituir como arguido um ex-vice Presidente não foi grande ideia, foi? Portugal out!)
Mas o garante de Soberania é tudo, por tal cabe ver agora, nessa não-Geringonça que Merkel fará funcionar, se o Estadismo da Chanceler logra manter os 13,5% uma minoria descontente que a ninguém na verdade representa mas em todos vive. (Macron não é Delors)
É na realidade esta Europa atenta às opiniões, ao que se diz e faz, mas parca no voto e ampla na abstenção.
Vencem políticos, incorrectos.
Perdemos nós. Todos.
86,5%