Escutava hoje a mais nova geração que comigo partilha espaço laboral tentar redefinir a política Democrática na qual não encontra nem acolhimento ou razão. Diziam-se entre si que vivem uma espécie de Anarquismo, nesta senda dos pós graduados que vivem nesta mingua dos trabalhos ao estilo call center e as progressões de carreira que buscam esse falso optimismo meritocrático.
Na verdade diziam que nem sentiam vontade de votar seja em quem fosse, pois no seu voto, fosse a cor política na qual votassem, essa quadratura do círculo seria feita na dança das cadeiras desse que se abençoaram no carreirismo nepótico que um parlamento nos faz lamentar.
Mas, a bem da verdade, no final houve alguém que ainda disse, é melhor não incorrer na abstenção, mais vale o voto em branco, sempre é o mais Democrático a ter.

Pergunto-me, eu que nem sequer voto neste país ao qual assisto tal qual prova físico química académica onde o divertimento me apraz desde tempos de exílio familiar, onde anda esta Democracia destes novos Anarcas de consideração pessoal em votos brancos que nos tentam salvar dessa avalanche de ineptos que habitam os Passos Perdidos da Casa do Povo? Afinal até o que é a mesma?

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Será que é essa extra união que se assiste entre a retórica aplicada em duro realismo de oportunidade de Trump vs Kim Jong Un não é mais que os extremos políticos a unir-se na sua igualdade? Não é esse o desígnio pelo qual a Humanidade se retardou por um tempo nesse confronto que a Europa soube adiar face à “jihad na nossa frente” profetizada por Gaddafi em 2011?
A Paz aguentou ser, por ora, um pedaço de papel.

Será por mais tempo ou o Rocket Man provocará o isolacionista que espelha essa vontade que todos escondem ser sua também.

Esta alienação que escolhemos ter sobre nós próprios, na correcta correcção política da Democracia abstencionista em que vivemos, perfaz justo a ignorância que a América de Trump quer. É a frase feita para consumo imediato, essa vã esperança dos partidos que se dizem detentores de nós, as minorias que se designam por indivíduos, e no final, esse desfile de Misses que não sabem quem é Mises.

Hoje vive-se o disparate do imediato, sem muita causa, mas de consequência diversa.

Portugal, a 4ª maior dívida à escala mundial. Nada de mal, as dívidas não se pagam, gerem-se. Mas criticar vistos Gold para, em ambiente de greves no SEF, abrir as portas aos vistos de trabalho? Venham todos a esta meca do turismo e vã glória da oportunidade, o paraíso da legalização Europeia. Paguem impostos, rendam às reformas que faltam na Função Pública, o resto é mero detalhe. Abstenção. Voto em branco.
É afastamento.

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