Preferi não falar sobre Manchester.
De facto é paradoxal, começo por dize-lo agora, mencionando o nome da cidade onde mais um ataque se perpetuou com o aval dos media para ser contabilizado como terrorismo daqueles que logram transviar uma juventude perdida no meio de adultos trabalhadores em busca da sua própria sobrevivência.
O mundo divide-se entre o acrílico noticioso daqueles que filmam para não salvar e aqueles que morrem para ser notícia.
Desses que, com sorte – como nós – ficam nesta plateia a assistir, e dos outros que se imiscuem num crime de influência e se deixam levar no repetir de algo que se torna em padrão nefasto a ser abolido.
E é tão somente isto, enquanto se preferir a barbárie voyeur de assistir a violações publicitadas por meios de comunicação cheios de manha a Sociedade seguirá a produzir os lobos solitários que os terroristas tanto buscam e fazem afã.
Procura-se dizer um basta perante essa insensatez que nos faz abominar livros de regras e códigos de normas que nos regem a vida para sermos mais saudáveis inter pares.
Liberdade não é libertinagem e Direitos não estão ausentes de obrigações.
Se não é Al Qaeda é o Daesh, se não é na União Europeia é durante o Brexit.
A Segurança, esse 3º pilar de uma UE quebrada, nunca se procurou implementar de forma tão invasiva.
Que se procurem os Rebeldes com boas causas para que as más se vão. Ou que o equilíbrio do excesso se desfaça sem que o binómio do certo vs errado se perpetue em algo reconhecível como correcto.
O focus operandi anda demasiado disperso para que se esteja sempre de hashtag em hashtag a pedir preces por aqueles que partem.
#NoMoreHashtagsForTerrorism