uma frase que muitas vezes cito mas nunca cai em desuso neste país que, num volte de face de sobrevivência pessoal, guinou à Esquerda e parece ser cada dia mais apropriada:
“Fazer pouco da Esquerda (política) é muito mais fácil pois atiram-nos sempre novo material para a piada fácil!”

Hoje foi mais um dia com uma lição tão teórica como educativa que dá medo a um susto que nem Marx, Engels ou Trotsky se atreveriam a desrespeitar o protocolo só porque sim.

As vestes negras com crachás Republicanos já anunciavam aquilo que um comunicado havia dado sinais de provocação; o Bloco de Esquerda não iria cumprimentar o Rei de Espanha e sua mulher na ida ao Parlamento do Povo Português.
Facto extraordinário vindo de um partido que apoia o Governo das Esquerdas unitárias é fazer o ruidoso protesto de ficar num constrangedor silêncio sentado com cara de supremacia intelectual quando até o seu parceiro de coligação Comunista se levantou em sinal de respeito quando o Rei Filipe VI terminou o seu amplo discurso bilingue e foi aplaudido pelo centro Socialista e de Direita.

A chico-esperteza do Bloco revela desde logo aquilo que escrevi nas redes sociais – criticadas pela minha habitual frontalidade crítica – e pela sua ignorância em se quererem imiscuir naquilo em que nem podem ou devem.
No meu comentário disse que (…) “a hipocrisia intelectual apenas demonstra o quanto esta Esquerda é refém de uma ideologia falhada.”  já que não intende que o Rei, ainda que não eleito por voto universal directo (aquilo que o BE protesta), representa não só uma figura de Estado mas sobretudo um Chefe de Estado soberano que merece respeito quando recebido num país que o convida.
Mais, foi o Governo que o BE suporta que endereçou esse convite por meio do seu Presidente para que os Reis de Espanha viessem a Portugal por forma a cimentarem os laços que os dois países têm ao longo da sua história não só cronológica como também geográfica.

Há muito mais que une Portugal a Espanha do que Portugal a Cuba, a mero título de exemplo sobre o que é respeito institucional a uma figura de Estado.

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Mas não se creiam que a espada de Dâmocles recai meramente sobre o partido que mais ruído provoca para pouco mais que burburinho criar numa insignificância injustificada.
Ela pende sobre o Primeiro Ministro que, num acto inadvertido da Senhora sua esposa fez cortar esse mero acto ilusório da pouca educação que pretende passar ao seu chamado público alvo.

Vieram as cadeiras boas do Palácio da Ajuda, veio a baixela Thomire, e vai a Senhora e deixa o seu casaquinho de bolero nas costas da cadeira? Protocolo, o que é isso…?

De facto o actual PS merece que o Bloco seja o seu adereço de lapela, partidos que não compreendem em absoluto a razão estipulada da regra, lei e protocolo. Fazem da ingerência norma ideológica face a uma imposição arbitrária daquilo que acham ser o certo mediante a sua vontade.
É a sua verdade porque sim.
E não aplaudimos!

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