A Johnsoaressyndromet invadiu as mentes mais cultas e eruditas da pseudo literatura mundial desde o dia em que a Academia Sueca atribuiu o Nobel da Literatura ao compositor, cantor, pintor, ator e escritor norte-americano Bob Dylan.
Ao que parece o par de salutares bofetadas num conceito rectilíneo de destingir apenas escritores e autores onde o grau de erudição existente apenas servia de apanágio unipessoal desse circuíto tão fechado quanto a própria existência, caiu mal dentro de uma hierarquia onde o cânone vigente nunca fora alterado.
Lanço uma síndrome fictícia onde a verdade existe nessa autoria própria do reconhecimento alheado de que, na prática, fora essa conjectura própria, poucos são aqueles cuja a obra dos Nobilados é deveras lida ou capaz de ser interpretada.
Parte na verdade de algo que uma maioria não é capaz de Ser/Ter: Humildade.
Bob Dylan é uma lufada de ar fresco onde durante muito tempo reinou uma análise interpretativa de uma verdade inatingível – ou sequer tangível – de um mundo onde a mudança não se fez de adaptação.
Evidente que a distinção musical já existe, ela chama-se Grammy e distingue diferentes categorias onde Dylan entra com glórias e alta reputação.
Aquilo que não existia, e que já em 1953 Walt Disney homenageava em “Toot, Whistle, Plunk and Boom”, era a História da Música e como os cânones se estabeleceram e permitiram à linguagem verbal e escrita se interconectar com o som criado pelo Homem para nos aproximar.
Dylan, a não ser o maior génio em causa própria, é o primeiro a ser seleccionado pela Academia como representante que quebra um preconceito. Uma bofetada.
É também aquele que, mantendo-se fiel a si mesmo, desaparece ou nem dá vista grossa da sua presença. Segunda bofetada.
Tudo o resto é a mudança que se faz adaptação, (…) suprimindo as próprias ambições, a fim de seres quem precisas ser.
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