Quando Dilma Vana Rousseff, 67 anos, se fazia anunciar como a representante da “Mulher guerreira Brasileira”, recebida no Congresso Nacional a 1 de Janeiro de 2015, tinha em mente esse lema que iniciaria o seu segundo mandato Presidencial: Brasil, Pátria Educadora.

Sem falha alguma, repetido na exactidão de um ensaio que a chuva da posse anterior não ousou estragar, Dilma versava a sua premissa:

“Ao bradarmos ‘Brasil, pátria educadora’ estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e sentimento republicano”

O discurso de quase 40 minutos era estruturado nessa fraude eleitoral que as pedaladas ficais viriam a denunciar um impeachment e os pedalinhos num Sítio em Atibaia causar incomodo a quem ela mais tarde tentaria nomear como seu Ministro da Casa Civil.
O seu Brasil da Educação não se versava em belas palavras que de Patriótico maquilhavam a realidade dura que os professores viam sofrível nessa que logo antes da primeira posse já havia decretado a mudança do género indefinido do cargo que ocuparia.

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A Presidenta Dilma educava o seu povo num princípio retroactivo básico: façamos um juízo parcial da nossa história, fazendo o justo julgamento daqueles que tanta dor nos causaram.

Nesse sentido, ainda no seu primeiro mandato, a 18 de Novembro de 2011 sancionava a Lei nº 12.528/2011 com um único objectivo. Que se investiguem as graves violações de direitos Humanos cometidas entre 18 de Setembro de 1946 e 5 de Outubro de 1988, por “agentes públicos, pessoas a seu serviço, com apoio ou no interesse do Estado” brasileiro, ocorridas no Brasil e também no exterior.
Que se julgue a Ditadura Militar.

Se a cisão emocional da qual o Brasil não sarou as feridas em 25 anos estava exposta, quando a Comissão Nacional da Verdade entregou o seu relatório final sobre a Ditadura Militar no Brasil, essa fissura agrandou-se e a crispação foi-se tornando no mote perpétuo que dividiu todo um país em Esquerda/Direita, certo e errado, maioria e minoria.

O julgamento tardio sobre factos ocorridos décadas antes, onde a base de investigação apenas analisava a parte relativa ao embate militar face à Sociedade, deixou de lado os factos que não podiam ocultar mais a insustentabilidade cruel desse segundo turno de Dilma:
Pátria Educadora? Mulher guerreira Brasileira?
Mas não foi Dilma uma guerrilheira durante a Ditadura?
Não foi presa em flagrante delito, encarcerada por roubo, indiciada até por crime capital?

São ajustes de contas destes, quando os ensinamentos de Nuremberga são esquecidos, que propiciam escutar o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) elogiar o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra – torturador de Dilma Rousseff durante do regime militar – e receber como retribuição uma escarra do seu opositor político Jean Wyllys (PSOL-RJ).

Revelam a educação que esta Pátria Educadora exibe aos seus, repercutida nas trocas de insultos públicos entre cidadãos anónimos com o actor Zé de Abreu que em defesa da honra do PT lhes cospe em cima.
Dessa intervenção urbana contra todos os deputados que a favor do impeachment votaram verem as suas fotos cuspidas, urinadas e defecadas em público.

De um Brasil que a Presidenta pretende educar.

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