Assumo que tenho uma divergência ideológica para com o Bloco de Esquerda.
Não que estejam nos meus antípodas políticos da higiene mental, mas estão-no no que refere há sua boa prática de ética moral.
Se as suas ideias não se cruzam, na generalidade, com as minhas, outras criam tal crispação pela forma adstringente como se propõem sobrepor ao passado histórico que pressupõem defender.

Eu sei que o passado não é fenómeno sistémico para definir estaticamente o individuo com o seu presente, ou pelo não deveria, mas na política a memória recorrente do erro vale mais que o acerto e correcção. Dito isto, a mácula que a Esquerda tenta sempre fazer pejorativo sobre a Direita torna-a moralmente superior na sua ideologia de pacote. Não é. Ambas têm mácula, mas enquanto uma sucumbiu a outra inovou-se na vontade Democrática.

Agora que o mundo contemporâneo vive entregue aos Papeis da discórdia, nessa concórdia da fuga monetária e fiscal que o poder governativo tem pela sua posição, ressurge o Bloco na sua prosa esbatida pelo “enriquecimento injustificado” pela transparência do poder político.

Comandante Martins.jpg

Se a narrativa que ao ter interesse do ponto de vista formal ao ser aplicado numa perspectiva global e sem reservas de plafond ao sistema fiscal Português (como ocorre no Brasil ou EUA), perde-se aqui num sintoma esbulho de vingança contra uma oposição feita união de sobrevivência.
O Bloco pretende que qualquer enriquecimento injustificado ou usufruído por parte de titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos com rendimentos declarados acima de 25 mil euros e que seja considerado ilícito, seja tributado a 100% em sede de IRS ou IRC, conforme o caso.

Ou seja, uma lei feita à medida do Caso Sócrates.
Pior, uma lei feita para quem tenha, na política, amigos.

Se por um lado existe um inerente interesse nessa narrativa do ditame popular  “Quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vêm”, a verdade é que o simples facto de se usufruir de algo que um amigo nos emprestou/deu sem que a justificação seja a mera amizade, passa a ser, taxativamente, um crime fiscal.

O problema do Bloco, tal como existe na sua actualidade estridente, é tentar criar tudo feito à medida da sua ambição.

Faz lembrar Hugo Chavez, alma mater do movimento alicerce mental moral que Catarina Martins segue, caminhando por Caracas, apontando a propriedade privada e dizendo: “Exproprie-se!“.
Tudo em nome dessa Revolução Bolivariana que fazem da Venezuela hoje esse paraíso da Liberdade Democrática.

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