Que o Brasil atravessa a sua maior crise política monetária e social e todos os tempos, não haja dúvida. Não há memória da junção de todos os factores estarem em contra um Governo que fez da sua pauta ideológica a razão para que tudo o que poderia ser algo de positivo se ter tornado em razão de ataque contra aquilo que o próprio ajudou a fomentar.
O problema, se razão mais não faltasse, tem momento e lugar de ocorrência.
Tem esse despoletar de tudo o que originou o crasso erro que Lula insiste em cometer como se nele não houvesse uma leviandade absoluta conspurcada na equipiração entre países onde a democracia estabelecida percorre rumos distintos.
He’s my man, I love this guy.
He’s the most popular politician on earth. It’s because of his good looks.
A frase, em tom de dialogo de apresentação ao secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, dita por Barack Obama, elogiava o então Presidente Lula. Estávamos na Cimeira de líderes do G20 em Londres a 2 de Abril de 2009 e Lula, no seu segundo mandato, conseguia que o Brasil, face à crise financeira Internacional, se mantivesse em crescimento económico.
Nesse instante o seu milagre da multiplicação popular, do pobre que vira rico sem que para isso lhe seja ensinado a pescar, transforma-se em realidade.
Ele “é o cara!”
Quando sai da Presidência, em Janeiro de 2011, é o mais popular Presidente de todos os tempos. Lula, o crente intocável, transforma-se no mito Lula da Pátria Educadora.
O educador torna-se palestrante, dando a saber o seu saber fazer. cobrando R$ 200 mil por ensinamento popular.
Se o mito poderia virar lenda e ser o São Lula Salvador da Classe Operária, em finais de 2011 é lhe diagnosticado um cancro na laringe. Felizmente sobrevive para dar seguimento à voz operária que repercute a vontade sonegada de um Povo ostracizado e cansado da corrupção no Brasil.
As suas palestras, que com o câmbio favorável lhe rendem em torno de R$ 332 mil no exterior, são pagas, na maioria, através de grandes Construtoras Nacionais envolvidas no maior esquema de corrupção Brasileiro. O facto da superfacturação de obras que permitiu o desvio de dinheiros públicos passar pela Petrobras onde a sua apadrinhada política, actual Presidente, Dilma Rousseff ocupou a Presidência do Concelho são os factos que gizam o rumo a Lula e à sua Família no esquema de quadrilha institucionalizado no Partido dos Trabalhadores.
As escutas telefónicas, cuja legalidade na divulgação está a ser contestada pela qualidade privilegiada da Presidente Dilma, são uma prova que corrobora esse erro que Lula cometeu. Ele crê-se, de facto, o cara, acima do bem e do mal, a quem a ele tudo lhe é devido e a quem nada deve ser cobrado por ele tudo ter providenciado.
Só que a providência de Lula foi feita às custas de dinheiro público em troca de favores pessoais, tornando o Governo da República Brasileira num autêntico esquema de máfia.
No fim nada melhor que recordar, com alguma ironia, neste dia em que um ex-Presidente se tornará adjuntos de uma Presidente, a frase que o mesmo proferiu aquando não imagina ser aquilo em que hoje se tornou:
“No Brasil é assim: pobre quando rouba, vai para a cadeia. Mas quando um rico rouba, ele vira ministro.
2 Comments