Tudo anda às voltas, neste diurético alucinogéno que uma cadeira de poder tem, quando o último que nela antes ficou, logo de pé ao desmaio a desbarato sempre se toldou.
Nada de novo, apenas que o cancioneiro Nacional, entre a bejeca e o abjecto que isto tudo anda, entre draft cruzado com a borracha da flutuação do crude e óleo que nos sugam na nova taxa a imposto proposto, se vê agora nesta tremenda verdade da incapacitação primordial: o pimba é galardoado com honras de Estado Estrangeiro lá pela França, enquanto cá se segue a linha despudorada do Ministro que de sociopata entra na sociologia da ambição emocional para dizer que até lhe interessava escutar o nosso novo Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras.
Mas na robótica da exaltação, entre o pula que pula esquemático das vitórias e as salas vazias que descompensam as sondagens desse dia de nojo, a verdade é que uma tour de force se faz necessária neste dia seguinte.
Como quero desfasar a previsão lograda de tudo o que antes escrevi, ainda que o Menu de Sopas se articule a breve trecho, aqui fica a justa homenagem a tudo o que de pimba se faz firme e hirto e mantém o Povo feliz e contente numa estória de ladys loucas e vagabundas, onde o que sobra é a trista, mas alegre, História deste País.
Ainda hoje me perguntava o porquê da lady ser uma vagabunda, e na memória só me ressoava o nome daquele mito encartado que responde por pedra semi-preciosa: Ágata.
Se existe uma que é louca na cama, mas que sabe se alimentar devidamente numa mesa apetrechada dos cristais boémios, Ágata é a senhora que se admite.
Pode que a música ligeira nacional seja questionável e a sua qualidade duvidosa, mas a verdade é que povoa o imaginário colectivo de todos nós.
Os doces aqui eram pérolas de trocadilhos e repetições sincronizadas ao som do sintetizador.
Que seria de nós se as ladys não fossem umas ‘vagabas’ e o senhores andassem numa de pimbas varonis?
Até as crianças tiveram direito a valises de cartón e queijo fresco com laivos clássicos.
Aqui se remexeu, deu-se a volta ao mundo e fez-se playback. Os meninos eram Pedro e as moças Cinderela.
Havia canção de engate, do beijinho, e até um trio de anel de noivado.
Fez-se zumba e as canecas nunca se esvaziaram. Os heróis sempre tiveram o papel principal e o robô era pro menino e pra menina.
Como tudo o que tem prazo de validade, mastigou-se e jogou-se fora.
A lady virou dama, e a vagabunda anda pelas ruas da amargura.
Vivem agora na memória das K7 piratas apreendidas pela ASAE…
Talvez por tal isto ande como está.
Faz o apelo da canção, libertem o Pimba, que esse não faz nenhum mal afinal.