O efeito já é quase placebo de tanto que se tornou sistemático nesta oscilação de poder político: uma faixa horizontal a circular no canto inferior do ecrã com um aviso de Última Hora sobre a próxima catástrofe económica que nos vai suceder, mas sempre com esse reflexo da Esperança Governativa estar “a seguir com atenção”.

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Serei sincero, se um Banco falir em estranhas condições não nos serve de aviso, um segundo ser levado a uma experiência de resolução a nível Europeu abrir os olhos, e agora haver o prenúncio de uma terceira ida aos bolsos dos contribuintes para pagar outra falência fraudulenta, sinceramente, ver o Sistema Financeiro Português e não realizar que algo de realmente preocupante se passa é fingir ser oposição unida para Governar e só agora reparar que a questão está na ordem do dia.

Palavra de ordem, interventiva, por favor!

O Mundo do Poder Capitalista não nos fará soçobrar frente ao Mundo do Poder Popular. Frente a esse Mundo do Poder Capital, onde a pena existe e a injustiça se faz justo julgamento de uma intempérie que sobre nós se abate naquilo que se julga Democrático.

Esse mundo do estático imutável já mais não existe senão na memória de um anuário que perde a sua validade no passar de mais uma página. São memórias acumuladas que se fragmentam e a nada nos levam, porque, ao que parece, delas nada tirámos e só neblina ficou.

O contra-ataque do Mundo que se adapta, que não muda mas cresce, está aqui. Está nestas situações que se repetem, tal qual padrão que de aleatório passou a repetitivo e cuja culpa, como sempre, termina por se dissipar no sufrágio da alternância feita alterne que o processo da Democracia está transformado.

O Banif não é o BES, nem o BES foi o BPN. São todos Novos Bancos sendo que só um foi Novo já velho.

Apraz-me dizer que a iminente queda de tudo se elenca nesse Novo, que faz cair por terra tantas garantias de irrevogabilidade que todos disseram ser irrevogáveis. O vértice de uma conjuntura que agora, entre uma Europa que se compra dívida, se vê forçada à fantasia da realidade que os Estados Unidos lhe vão impor.

Mas afinal que situação é essa a seguir com atenção, justo no instante em que a faixa horizontal a circular no canto inferior do ecrã muda para o despedimento de Mourinho do Chelsea? Algo mais importa? Não. Isso é que há que se seguir com atenção.

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