“A desigualdade é uma escolha. Uma escolha que não é feita pelos mais pobres mas pelos nossos sistemas políticos”

 

A frase acima foi dita pela nova coqueluche da Esquerda instalada no poder Administrativo dos destinos da Nação Lusa: Joseph Stiglitz.

Se em tempos o Grego Varoufakis servia de precursor à loucura de um jogo de tentativa e erro, seguiram-se as vozes dos Nobilados. Primeiro Krugman, e agora o consequente da inconsequência Stiglitz.
O seu percurso de vida, como Democrata e presidente do Conselho de Assessores Económicos do Presidente Bill Clinton durante os anos de 1995 a 1997 definiram a sua linha de raciocínio político e económico traçando o esboço para o seu prémio Nobel “fundamentos da teoria dos mercados com informações assimétricas” em 2001.

De lá para cá, sempre tendo como crítica severa e contundente os “fundamentalistas de livre-mercado”, Stiglitz questiona as bases ideológicas que definem as políticas económicas seguidas no plano Democrático.

Apenas lhe falha uma condição.Também ele defende uma linha de ponderação ideológica, sendo considerado neo-keynesiano, nessa visão em que o Estado é um agente indispensável de controle da economia, com o objectivo de conduzir a um sistema de pleno emprego, invertendo o laissez-faire e implementando o autoritarismo.

Propõe mesmo, nessa grande escala incomportável a um País de pequenas dimensões como é Portugal, algo como o Desenvolvimentismo, um estímulo Industrial de grande exportação que permita o aumento do consumo interno.

Stiglitz_Keynes.jpg

E é aqui que a conferência que o Norte Americano deu em Lisboa se torna caricata.

Quando diz que se devem “aumentar os impostos de uma maneira que não afecte a economia” está a ser primariamente demagógico, pois isso é ser raso numa argumentação infantil.

Mas ele diz mais sobre os impostos cobrados, sobre essa inversão de políticas que deve ser concretizada, nessa analogia Norte Americana, sobre o período Reagan, e de como baixar impostos aos mais ricos apenas os tornou mais ricos.

Stiglitz diz que “Toda a gente se queixa sempre de que paga demasiados impostos, mas com mais impostos pode-se investir nas pessoas, na tecnologia. Se não se investir, não se vai crescer”. Só que Portugal, além de recordista Europeu, em proporção, na cobrança de impostos, é dos países que maior número de infraestruturas construiu com os fundos comunitários, e que depois cobra em impostos para as manter.

Onde se vão cobrar impostos para equilibrar a débil balança comercial que temos, neste País que tem um real défice entre importações  e exportações, e no qual a desigualdade não é, por nada, uma escolha política?

Suponho que aos de sempre: a classe média.


Mas como ele disse, a escolha da desigualdade é política. Ou não?

Não! Dizer que a desigualdade é uma escolha política é ser politicamente demagógico. É querer, por força, manipular eleições.

Se ela ocorre por via de políticas impostas, claro que sim, mas esse facto ocorre de medidas anteriormente tomadas que levaram o País ao caos em que se encontrava em 2011.

Todos os actos têm consequências, e nenhum está livre dessa inconsequência que é o livre arbítrio que tem o Ser Humano.

Aquilo que o discurso Premiado de Stiglitz, ou de Krugman, e mesmo de Varoufakis, não contempla é simples.

As Sociedades não existem numa espécie de vácuo existencial, paradas para se poder instituir um sistema perfeito de funcionamento para depois se colocar a funcionar a perfeita utopia.

Infelizmente para todos – sobretudo para a neo-nova-Esquerda Unida, Portugal não é nem um vácuo nem uma utopia, mas para a foto, Nobel Noblesse (fica bem).

E ao contrário de Krugman, Stiglitz é um imbecil encartado por tempo ilimitado.

O seu Nobel vale tanto quanto os dos economistas que garantiam que o Lehman Brothers era sólido no dia antes do banco de investimento abrir falência e dar início a tudo o que desde lá vivemos.

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