Perante uma óbvia falta de resposta sobre um tema tão delicado, mas cuja realidade nos chega às fronteiras todos os dias, que se pode propor como solução final para as hordas de migrantes (ou imigrantes) ilegais, exilados, pessoas em busca de algo melhor, na fuga de um conflito que, a lhes pertencer, não diz respeito?
Que resposta lhes podemos dar em surdina sobre a nossa incapacidade e egoísmo lacónicos num presente cheio de problemas internos cuja verdade, perante a realidade do mundo externo – esse real; de onde nos chegam seres vivos (serão Humanos?), não se quer ou pode comprometer com a sua forma estável de vida onde o espaço e tempo do conforto não se disponibilizam com gentes que não o são frente quem teve a sorte de nascer deste lado da cerca?
Não há uma resposta simples. Não há uma solução final.
Não há um extremo politizado e desumano de os prender em campos e orquestrar a sua morte encapsulada em gás.
Não há organização. Há caos. Pânico.
Chegadas desavinda e morte cuja responsabilidade não nos pertence mas recai em nós – Europa, como último reduto de civilidade num Continente cujas fronteiras roçam uma barbárie tumultuosa.
Mas numa Europa em que as balanças demográficas mirram numa inversão proporcional, em que a sustentabilidade dos mais velhos cada vez mais se vê em risco pela ausência de uma juventude em potencial para a sustentar num esquema de pirâmide a desmoronar, que solução possível para quem nos chega senão aquela que passe por aquilo que sempre foi mas não quer reconhecer?
Se em tempos de Cristianização os povos eram agregados para manter a sustentabilidade dos povoamentos conquistados, a museológica Europa terá que se renovar com a Arte de outras paragens e influências, espelhando uma possível Inquisição em formato Educativo, rasgando o politicamente correcto para aprender a lidar com quem não sabe conviver com os ideais de Liberdade sem fazer deles Libertinagem ou Liberalidade.
A Europa está a crescer. Renova-se. Torna-se uma rebelde adolescente com estranhas companhias.
Aprende a lutar. Mas a lutar por uma razão. Pela sua Arte. Pela sua Cultura.
Porque senão, citando de memória Winston Churchill, “Porque estamos a lutar?”
Teremos de aprender a lidar com isto. Com o futuro do nosso passado presente.
1 Comment