Donald Trump é um mito clássico.
Não é Grego, mas pela sua condição de semi-Deus, fortuna forjada na marra, quase que se pode dele dizer ser um dos que merece estar no Panteão do Olimpo.
Ou talvez não.
Aquele corte de cabelo, de facto, sempre foi o seu calcanhar de Aquiles.

Agora que Mr. Trump, o ‘You’re Fired’ d’O Aprendiz se candidatou à Presidência dos Estados Unidos da América em 2016, tudo parecia estar no caminho do semi se fazer Deus por completo, e o Hércules terminar as suas doze tarefas.
Erro crasso.
A América não é a Europa, e o seu Grexit chama-se México.
Trump, entre vários outros comentários depreciativos disse o seguinte:

“When Mexico sends its people they’re not sending their best … They’re sending people that have lots of problems … They are bringing drugs, they’re bringing crime, they’re rapists.”

Ou seja, que quando os Mexicanos emigram para os EUA não enviam os seus cidadãos mais qualificados. Pelo contrário. “Eles trazem drogas, crime. São violadores.”

Propôs mesmo que será construído um muro entre os dois países vizinhos, e que a conta da edificação será paga pelos Mexicanos.
Só não disse como. Nem precisou dizer.
Se for pela sorte macabra que um Deus caído em desgraça lhe rogue, Trump caiu justo no Inferno de Hades, ou mesmo no grande poço do Tártaro, pois o Titã viu os seus contractos com a NBC cancelados.
E não se ficou por ai. A latina Univisión também cortou os contractos com a Miss Universo, propriedade do Magnata.

Mas tudo não passa de estratégia mediática. Ou nem por isso. Porque os heróis de antanho morrem para que deles se retirem lições, não a glória de sobreviverem.

Numa segunda investida, porque as fronteiras já não tem mais de ser físicas, disse que ‘se dá bem com o México. A China é que se deve preocupar!‘.

Se a vida não tem limites, Trump é ilimitado.

E as pessoas gostam. Ou os Norte Americanos pelo menos.

Nas últimas sondagens em Hampshire está em segundo lugar como preferido para ser Presidente, logo atrás de Jed Bush.

A não ser lenda, só mito.