As candidaturas estão lançadas, a solo ou coligadas.
Portugal sabe ao que vai.
Há “Cofres Cheios” e vazio de ideias.
Planos económicos desfiados e outros a desfiar.
Aos ‘Donos Disto Tudo’, numa previsão da tomada de posse do Novo Governo Português dedico esta ilação/ilusão.
A tarefa não deve, seguramente, ser fácil.
Se por um lado o País pode, e na minha opinião – deveria; seguir a linha de continuidade política, mantendo a Estabilidade instável, na confiança de que uma nova mudança pode não ser a melhor solução, proponho o discurso de tomada de posse por parte da oposição vencedora.
Vendo sempre a vida pelo prisma da escolha Democrática e da decisão popular, na palavra dada, e na confiança de que, em quem se vota, por vezes com certeza, fará a escolha mais apropriada.
“Eu, aqui por diante designado por Primeiro Ministro da República, assumindo a responsabilidade pelo país designado como Portugal, apresento as medidas Políticas que fui e vou implementar neste que é o nosso país laico;
Introdução
Os elementos de confusão e dissolução que se fazem sentir na vida Portuguesa, no conceito da própria vida e da vontade de auto-preservação nacional, não podem ser erradicadas por uma mera mudança de governo. Mais do que suficientes dessas mudanças já aconteceram sem provocar qualquer melhoria essencial no sofrimento que existe em Portugal. Todas estas alterações de Gabinete trouxeram alguma vantagem positiva apenas para os actores que participaram do jogo; mas os resultados foram quase sempre bastante negativos na medida em que os interesses das pessoas não estavam presentes. Passou o tempo, e a vida e pensamento do nosso Povo foi desviada para os interesses deles, sob formas que não são naturais mas antes prejudiciais. Uma das causas que provocaram esta condição dos assuntos deve ser atribuída ao facto de que a estrutura do nosso Estado e dos nossos métodos de Governo são importados do estrangeiro para o nosso próprio caráter nacional, o nosso desenvolvimento histórico e as nossas necessidades nacionais.
O sistema Parlamentar Democrático é inseparável dos outros sintomas do nosso tempo. A situação crítica não pode ser sanada através da colaboração com as causas do mesmo, mas por um reformulação extremada dessas causas. Por isso, em tais condições, a luta política deve necessariamente ter a forma de uma revolução.
É fora de questão pensar que uma reconstrução tão revolucionária possa ser levada a cabo por aqueles que são os Porta-vozes e os representantes, mais ou menos, responsáveis do antigo regime, ou pelas organizações políticas fundadas sob a velha forma da Constituição. Também não seria possível para que isso aconteça, colaborando com essas instituições, mas apenas através da criação de um novo movimento que vai lutar contra eles com a finalidade de levar a cabo uma reforma radical na vida política, cultural e econômica.
Eliminar as diferenças de classe
Infalível certeza, estamos a dirigir-nos em direção a uma ordem de coisas em que um processo de seleção ficará activo na liderança política da nação, tal como existe em toda a vida em geral. Por este processo de seleção, que vai seguir as leis da Natureza e os ditames da razão Humana, aqueles entre os nossos povos que mostram a maior habilidade natural serão nomeados para cargos na liderança política da Nação. Ao fazer esta seleção não será tida em consideração o seu nascimento ou ascendência, nome ou riqueza, mas apenas a questão ou não do candidato ter uma vocação natural para os cargos mais altos de liderança.
Economia
Embora o caos que encontramos diante de nós em vários ramos da vida pública foi muito grande, de facto, o estado de dissolução na qual a vida econômica Portuguesa tinha caído era ainda maior. E esta foi a característica do colapso Português que impressionou mais sobre as mentes das grandes massas do povo. As condições que, em seguida, na verdade, existiam ainda permaneceram nas suas memórias e na memória do povo Português como um todo.
Eu não fui um economista, o que significa que eu nunca fui um teórico durante toda a minha vida.
Mas, infelizmente, eu tenho observado que os piores teóricos estão sempre ocupados naqueles lugares onde a teoria não tem lugar em tudo e onde a vida prática conta para tudo. Escusado será dizer que, na esfera económica e com o passar do tempo, a experiência deu origem ao emprego de certos princípios definidos e métodos também definidas de trabalho que têm sido provados ser produtivos e de bons resultados. Mas todos os métodos e princípios estão sujeitos ao elemento do tempo.
Para fazer dogmas rígidos e rápidos, de métodos práticos, privariam as faculdades Humanas o poder do trabalho e da elasticidade, que só lhes permite enfrentar as demandas de mudança, alterando os meios de alcançá-los em conformidade e, portanto, dominá-las. Houve muitas pessoas entre nós que se ocuparam, com que a perseverança, que é característica Portuguesa, num esforço para formular dogmas de métodos econômicos e, em seguida, levantar esse sistema dogmático a um ramo do nosso currículo universitário, sob o título de economia nacional. De acordo com os pronunciamentos emitidos por esses economistas nacionais, Portugal foi irremediavelmente perdido. É uma característica de todos os dogmáticos; eles vigorosamente rejeitam qualquer novo dogma. Em outras palavras, eles criticam qualquer nova teoria de conhecimento que possa ser apresentada e rejeitam-na como mera teoria.
Vocês todos sabem a história do médico que disse a um paciente que ele poderia viver apenas por mais seis meses. Dez anos depois, o paciente encontrou o médico; mas a única surpresa que este último expressou na recuperação do paciente foi afirmar que o tratamento que o médico deu ao segundo paciente foi completamente errado.
Educação
O Governo estabeleceu as linhas directrizes ao longo do qual o Estado deve conduzir a educação do povo. Esta educação não começa em um determinado ano e termina em outro. O desenvolvimento do ser Humano torna-se necessário para levar a criança a partir do controle daquela pequena célula da vida social que é a família e confiar a sua formação contínua para a própria comunidade.
O Programa claramente define os deveres que esta educação social deve preencher e, acima de tudo, ele fez essa educação independente da questão da idade. Em outras palavras, a formação do indivíduo nunca pode terminar.
Sugestões para o futuro:
Política Externa: Europa
Ao concluir as minhas observações sobre este assunto, gostaria de observar alguns pontos sobre os possíveis caminhos que podem conduzir a uma pacificação geral com a Europa, o que também pode ser estendida para fora da Europa.
(1) É do interesse de todas as Nações que os países devem possuir condições políticas e econômicas internamente estáveis e ordenadas. Elas são as mais importantes condições para durabilidade de relações econômicas e políticas, sólidas, entre os povos.
(2) Os interesses vitais dos diferentes povos devem ser francamente reconhecido. O respeito mútuo para estes interesses vitais por si só pode levar ao apaziguamento das necessidades essenciais das nações.
(3) A Comunidade Europeia, para ser eficaz, deve ser reformado, e deve tornar-se um órgão do conceito evolutivo, e não deve continuar a ser um órgão de inactividade.
(4) As relações das pessoas para com o outro só podem ser reguladas e resolvidas numa base de respeito mútuo e igualdade absoluta.
(5) É impossível fazer uma Nação, ou outro, responsável pelo armamentos ou limitação de armamentos, mas é necessário ver este problema como ele realmente é.
(6) É impossível para manter a Paz entre as nações, desde que uma camarilha irresponsável internacional podem continuar a sua agitação desmarcada.”
Conclusão
Serve este discurso, verídico mas editado, para demonstrar que, nas palavras daquele que é, por decisão unanime, o maior déspota Europeu do século XX, as palavras têm o poder que têm e servem para o que servem.
São um bálsamo da imagética individual do desespero de cada um. Na prática, neste extremismo político que surge na Europa, a referência populista da mentira, aceite como uma verdade reconfortante.
Aceitam-se as soluções do imediatismo como desresponsabilização da continuidade futura.
A política não é boa nem má. O político sim.
E quando melhor que isso é designado por Estadista.
Por onde andam os Estadistas Portugueses?
Portugal: Mutatis Mutandis.
Nota:
Discurso parcialmente transcrito (e traduzido por mim) de Hitler, a 30 de Janeiro de 1937, perante o Reichtag. A Alemanha Nazi passou ao Portugal contemporâneo, e o Governo Nacional Socialista, Revolucionário, mantendo uma linha ideológica de pensamento, é apresentado de forma ambígua para conseguir representar os ideais transformistas da oposição, maioritariamente Esquerdista Portuguesa.
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