Andei distraido e sem interesse no imediato, mas há momentos que revelam a verdadeira natureza do Ser.
É andar no mundo viral para ver esse desconexo reflexo do real. O dito que não se diz e a verdade sentida mas não expressada.
Fel e maldade pura: Sindika Dokolo morreu. “Estranho. Muito estranho…”

A morte não bietifiica, mas se há algo que aprendi é que antes de se falar de um morto, dá-se tempo para chorar a sua morte.
Ana Gomes não, revelando a sua natureza enquanto a névoa do esquecimento político inflinge-se sob aqueles que, num instante mediático, acharam por bem que ela seja uma opção viável para Presidente da República.
Não serei foleiro, mas creio estar mais pra ‘Presidenta’, tanto é o feminismo de segunda (ou terceira) vaga que se acumula, já que a ex-deputada europeia representa essa estranheza entranhada que o Socialismo nacional profetizado se concretizou em Portugal: a Esquerda mais extrema diz apoiá-la, os Costistas esperam um Milagre com Marcelo e a que não se compromete fica em silêncio.

E é isso, com uma simples declaração de intenções se faz um resumo simples da caricata figura: é a versão feminina de Paulo Morais. Uma histriónica com manias da conspiração e corrupção sem fim, sem se olhar no espelho da vergonha alheia, declarando com ‘estranheza’ a morte do némesis pelo simples facto da narrativa lhe ser conveniente.
O valor da vida Humana torna-se descartável e a postura republicana achincálha-se em detrimento de agradar uma investigação pelo bem da verdade maior.
(custe a quem custar, seja factual ou não)

Mas faça-se uma declaração de intenções: Ana Gomes é incessantemente imparável.
Do oportunismo político em ser apoiante de Sócrates até o criticar em jeito de ganhar o posto europeu que deteve por uma década, até à sua obsessão com Paulo Portas, o CDS e os Submarinos, que lhe valeram uma humilhação na Assembleia da República, atónita a pedir desculpa pelas omissões gravosas assim como a ser manchete pelas escutas truncadas que havia utilizado como base da sua acusação fraudulenta.

Mas no final é a isto que se resume a estranheza nacional.
Na incerteza certa da recandidatura de Marcelo a Belém e vitória declarada, Ana Gomes terá o segundo lugar num pódio representativo de um país que prefere não se olhar ao espelho de quem o representa, ficando-se pela rama da verdade, entre a latente falta sentido de Estado e arrogante maldade.
Estranho, Muito estranho…

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