Texto de autor desconhecido, tradução e adaptação livre Francisco Moura Pinheiro

Hoje lamentamos a morte de um velho querido amigo que esteve connosco por muitos anos, o Senso Comum. Ninguém sabe ao certo quantos anos ele tinha, pois os seus registros de nascimento perderam-se há muito tempo entre burocracias. Ele será lembrado por ter cultivado valiosas lições como:

Quem sai à chuva fica molhado;
– De grão em grão, enche a galinha o papo;
– A vida nem sempre é justa;
– E talvez tudo seja mesmo culpa minha…

O Senso Comum vivia segundo políticas financeiras simples e sólidas (não gastes mais do que ganhas) e estratégias confiáveis (os adultos, não crianças, estão no comando).

A sua saúde começou a deteriorar-se rapidamente quando regulamentos bem-intencionados, embora autoritários, foram estabelecidos. Relatos de um miúdo de 6 anos acusado de assédio sexual por beijar uma colega de escola; adolescentes suspensos do liceu por usarem elixir bucal após o almoço; e um professor demitido por repreender um aluno indisciplinado, apenas piorou sua condição.
O Senso Comum perdeu terreno quando os pais começaram a atacar os professores por fazerem o trabalho que eles mesmos não haviam conseguido ao disciplinar os seus filhos insubordinados.
Declinou ainda mais quando as escolas precisaram pedir consentimento parental para aplicar protector solar ou dar aspirinas aos seus alunos; mas não podiam informar quando as suas estudantes engravidavam e queriam fazer um aborto.
O Senso Comum perdeu a vontade de viver quando as igrejas se tornaram negócios; e criminosos receberam melhor tratamento do que as suas vítimas.
O Senso Comum levou uma sova quando tu já não te podias defender de um ladrão na tua própria casa e o ladrão te podia processar por agressão.

O Senso Comum finalmente desistiu da vontade de viver, depois de uma mulher não perceber que um fumegante café estava a ferver. Ela derramou um pouco no colo e foi rapidamente premiada com uma grande compensação.

O Senso Comum foi precedido na morte;
– pelos seus pais, Verdade e Confiança,
– pela sua esposa, Discrição,
– pela sua filha, Responsabilidade,
– e pelo seu filho, Razão.

Ele deixa os seus 5 meio-irmãos;
– Eu conheço os meus direitos
– Eu quero isso agora
– A culpa é dele
– A vítima sou eu
– Paguem-me por não fazer nada

Muitos não compareceram no seu funeral, porque poucos perceberam que ele partira.
Se ainda te lembras dele, partilha isto. Caso contrário, junta-te à maioria e não faças nada.

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