O Brasil não é a República dos Juizes!
O vencedor do Pulitzer Glenn Greenwald tratou disso ao revelar a ‘Vaza Jato’.
O Intercept logrou hackear as trocas de mensagens entre o Juiz Sérgio Moro e o Procurador Delton Dellagnol, expondo a sua proximidade aquando das investigações da Lava Jato.
Evidente que a opinião pública e a maioria publicada encontram ecos de conflictos de interesse e viés político numa investigação que logrou a prisão e prisão preventiva de dois ex-Presidentes.
E se a crónica parece escrita, a interceptação do Intercept logo foi contestado pelo Twitter Pavão Misterioso numa narrativa ainda mais inacreditável que a própria teoria conspirativa de ter um procurador a conversar legalmente com um juiz.
É que a ignorância é a Mãe de toda a estupidez punitiva, e o Processo Penal Brasileiro não se baseia numa ortodoxia Penal Anglo-saxã (ou mesmo Portuguesa) como nas séries Norte Americanas. No Brasil Juizes, Procuradores, Procuradores e Juizes, podem se comunicar no decurso processual. Lembrando que falamos da 1.ª instância com direito a recurso, num processo amplamente amparado em provas irrefutáveis.
Mas resta uma questão, ainda que em ponderável conflicto de interesse, alguma das interações tornada pública altera o facto dos crimes?
Não. A resposta é simples: a interceptação é crime.