Num momento em que cartas, em diligencia de negação, servem para mostrar que a educação básica do Presidente dos Estados Unidos tem, de forma assustadora, uma básica educação, pergunto-me o porquê de escrever?
Ao ler a carta de Donald Trump a Kim Jong-un, como se de um exercício primário sobre a expiação mental da incapacidade de assumir a falha do ser, pergunto-me o porquê de seguir a escrever – com alguma qualidade e pontuação criativa de quem sabe tresler onde exercício analítico há – num mundo que apenas quer a decisão imediata e a solução fácil?
Do porquê me esforçar em me masturbar liricamente para outros quando o prazer não me satisfaz por no passado registado já ler o que hoje revejo (ingratamente) como razão de ausência actual.
É desistência?
Não.
É pausa.
Sim.
Por quanto tempo?
Por aquele que durar a eternidade do momento que escrevi este desabafo.
Logo volto, nessa expectativa de que a conivência política não se faça da desfaçatez em ler que a Europa se acobarda frente à Democracia Norte Americana dos factos alternativos e verdades construídas frente a uma audiência estupidificada com um mundo inteiro por descobrir.
Até já.