Tudo é reacção.
“Um salto maior que a perna e alguma megalomania” diz o anão lúbrico na sua crónica televisionada sobre o posicionamento que o CDS toma agora e que o PSD se derrete num ‘Povo que lavas no Rio’ do desaire pós Passos.
Apenas o diz por ser Social Democrata e sentir no seu cerne o quanto essa ação lhe provocou uma reacção.
Vejamos, Cristas logrou algo tão impensável quanto o arbitrário de Costa ser um traidor da Nação Democrática e se unir a quem pensou instituir novo Regime.
Vejam-se as comitivas da Democracia que (ainda) sabem jogar sem retórica de mau perdedor que vieram prestar cumprimento ao CDS pós Portas.
E a sua categoria instalada no medo, júbilo e respeito pelo que esse “salto” pode e – por mim – deve lograr.
Essa “ambição que pode cair no ridículo”, como definiu Marques Mendes, é na verdade muito mais sintomática com os cartazes que o Bloco tem produzido como tratativa desesperada com o PS.
Para quem não se lembra do ‘virar a página da austeridade’ Socialista (esse tempo de confiança), o partido das sálicas sáficas Mortáguas apresenta agora a sua cópia carbono com um ‘virar a página à precariedade’.
Se a ambição do Bloco não fosse tão ridícula como a do CDS em ser governo, diria que Mendes lúbrico está certo. Como sei que a convulsão estridente de Catarina se alinha para sê-lo, prefiro achar que nada é megalómano e que o eixo de poder precisa mudar.
É que bem vistas as coisas estamos num arranha céus a comer cães.
Ridículos.